O terceiro sábado do mês de setembro celebra o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea – World Marrow Donor Day (WMDD) – que tem possui três pilares essenciais: conscientizar para a importância da doação de medula óssea, atualizar o maior número possível de cadastros, além de atrair engajamento social.
Mato Grosso do Sul possui atualmente cerca de 180 mil pessoas cadastradas no banco de dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), e cerca de 85 sul-mato-grossenses já sentiram a emoção de poder salvar uma vida. Comprometido com a campanha, o Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul (Hemosul) está divulgando histórias de voluntários que passaram por essa experiência.
Uma delas é a da receptora Renata Pinheiro de Carvalho, e do doador Filemon de Carvalho, que emociona pelo desfecho. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde, as maiores chances de compatibilidade são entre irmãos, cerca de 25% a 30%. Já entre pais e filhos é pouco provável pois metade da carga genética é herdada de cada um. Há quatro anos ela foi diagnosticada com aplasia de medula óssea severa, e há um ano o amor entre pai e filha se fortaleceu ainda mais com a descoberta da compatibilidade e realização do transplante. “Essa é uma história feliz, mas nem todas são. Achar um doador compatível é muito difícil”, destaca Renata.
O cadastro
O cadastro é efetuado nos hemocentros de todo o país. Para o cadastramento, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante.
Feito o cadastro, ele permanecerá ativo até que o voluntário complete 60 anos de idade, podendo a qualquer tempo ser selecionado. Mas é importante manter esse cadastro atualizado, pois o banco de dados do Redome é integrado mundialmente. A atualização pode ser feita de duas maneiras, uma delas através do site do Redome, ou pelo e-mail medula@hemosul.ms.gov.br .
A medula óssea
A medula óssea é um tecido liquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. E é exatamente na medula óssea que são produzidos os componentes do nosso sangue como, leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas.
O transplante é indicado para pacientes com doenças como leucemias (originárias das células da medula óssea), linfomas, doenças do sistema imunológico, anemias graves (adquiridas ou congênitas), doenças dos gânglios e do baço, além de outras doenças menos comuns como doença do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumor.