Em entrevista ao Jornal da Hora desta segunda-feira (15), o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD), criticou o modelo de negócios que será utilizado na construção do Hospital Municipal de Campo Grande (HMCG).
O Hospital será construído a partir do modelo Built to Suit, onde ocorre uma locação no contrato. No modelo, o locador realiza a construção e o locatário paga os custos da obra em pagamentos mensais, como um aluguel.
Conforme a prefeitura, a empresa contratada irá construir um hospital no valor de cerca de R$210 milhões. Após a construção, Campo Grande irá pagar um aluguel no valor de R$5 milhões de reais por mês, e ao final de 30 anos, a prefeitura se torna dona do prédio.
O deputado criticou a obra. Para ele, a prefeitura irá desembolsar um valor muito elevado, além de ter que pagar mensalidades por 30 anos para a empresa construtora.
“A prefeitura está pagando R$5 milhões de reais por 30 anos. Isso dá R$1,8 bilhões de aluguel para um investimento de uma empresa que vai fazer da ordem de R$200 a R$250 milhões. Ou seja, é justo, é razoável, é lógico a prefeitura de Campo Grande gastar R$1,8 bilhões apenas em aluguéis de um novo hospital que ela pretende construir, para daqui a 30 anos ser dona? Fora o custeio, fora a contratação de equipes, de insumos, etc.”, disse.
O deputado ainda destacou que com o valor que será destinado aos aluguéis, a prefeitura poderia resolver os problemas da saúde em Campo Grande.
“Está absolutamente errado. Pega esses R$5 milhões por mês e contrata cirurgias ortopédicas que o Ministério Público está tendo que judicializar para que as pessoas tenham acesso. Pega esses R$5 milhões por mês de aluguel e coloca medicamentos dentro da UPA”. Pode ter certeza que vai resolver”, concluiu.
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Texto por Reuel Oliveira