Escalada de violência que começou dia 6 de maio, foi o embate mais intenso em sete anos entre Israel e a Palestina
Encerrando um dos conflito mais intensos, Israel e o Hamas concordaram em uma trégua na Faixa de Gaza a partir desta sexta-feira (21), após sete anos de ataques.
De acordo com um comunicado do gabinete de segurança israelense, o cessar-fogo foi proposto pelo Egito e será “mútuo e incondicional”, mas ainda não há um horário estabelecido.
À Reuters, um integrante do Hamas disse que a trégua será “mútua e simultânea” e que deve começar por volta das 2h no horário local (20h de quinta-feira no horário de Brasília).
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi enviará duas delegações de segurança para os territórios israelense e palestino para garantir a manutenção da trégua, informou a televisão estatal local.
Minutos depois do anúncio, na contagem regressiva para o início do cessar-fogo, ambos os lados ainda estavam trocando ataques. Sirenes alertavam a chegada de foguetes nas comunidades fronteiriças em Israel, e um repórter da Reuters ouviu um ataque aéreo em Gaza. Nenhuma morte foi noticiada imediatamente.
Até esta quinta (20), 232 palestinos morreram, segundo a contagem do Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas. Dentre esses, estão 65 crianças. Em Israel, 12 foram vítimas do fogo dos militantes palestinos, incluindo duas crianças, de acordo com as Forças de Defesa de Israel e o serviço de emergência.
Além disso, a ONU estima que 52 mil palestinos foram deslocados após os ataques aéreos destruirem ou danificarem cerca de 450 edifícios na faixa de Gaza. Entre esses prédios, estavam seis hospitais e nove centros de saúde primários, bem como uma usina de dessalinização, afetando o acesso à água potável para cerca de 250 mil pessoas.
A escalada de violência começou em 6 de maio, quando as tensões subiram no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, por um possível despejo de famílias palestinas. No dia 10, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques palestinos “ultrapassaram os limites” e prometeu responder com “grande força”.
Este foi o embate mais intenso em sete anos entre Israel e a Palestina, desde que estiveram em guerra em 2014, e o episódio mais recente de um conflito que já dura mais de meio século.
- Fonte: JD1 Notícias