
Nesta segunda-feira (19) o Jornal da Hora entrevistou o presidente estadual do partido Podemos, Sérgio Murilo, que falou sobre as alianças partidárias que podem se formar para as eleições de 2022.
Atualmente, o Podemos tem 36 vereadores no estado e três prefeitos, além de 100 mil votos no colégio eleitoral. Sérgio Murilo, que foi secretário de estado do governo por quatro meses e saiu para se dedicar exclusivamente à estruturação do partido, explicou que buscam construir alianças partidárias para o próximo ano.
“Até abril do ano que vem, nós vamos nos juntar politicamente para discutir o protagonismo de 2022, mas sabemos que teremos uma conjuntura de partidos, como o PSL, Republicanos, Podemos e MDB. A partir daí, conseguimos garantir e dizer para a população que não haverá WO, como houve na eleição para prefeitura de Campo Grande em 2020”. O termo WO serve para falar de uma vitória dada a uma pessoa ou equipe, quando o adversário está impossibilitado de competir ou quando não existe adversário.
O presidente do Podemos revela que era para o Juiz Odilon ser o dirigente majoritário do partido, mas em virtude da derrota que sofreu nas eleições em 2018, não aceitou o comando. “Nós temos uma relação de apoio com ele (Odilon) e entendemos que ele pode ser um candidato do Podemos, assim como o MDB e PSL, que podem estar fazendo uma discussão conosco para a eleição do governo do Estado”.
Sobre a deputada federal Rose Modesto (PSDB), ele afirma que espera que a parlamentar saia de seu partido atual. “A deputada é um quadro do PSDB. Um quadro que, depois do governador Azambuja, é a que mais tem votos no partido. Eu a observo de longe e torço para que ela saia e passe a ingressar nas fileiras de outros partidos que a querem de qualquer jeito. Ela é a jóia da coroa do partido”.
Rose Modesto obteve 120 mil votos na última eleição, o que representa 10% do colégio eleitoral. Diante da possibilidade da mudança de partido, Sérgio Murilo afirma que o Podemos terá candidatura própria ao governo do estado “com ou sem a Rose Modesto”.
Eleições presidenciais
No âmbito nacional, o presidente do Podemos fala que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sofreu um revés do sistema, mas que deverá concorrer como candidato à presidência. “Ele é um cara correto e sério. Tenho a convicção de que virá para disputa política nacional e o partido que ele tem dito que mais se apropria de seus pensamentos é o Podemos. Não tenho dúvidas que nosso partido terá candidatura à presidência e minha dúvida é muito pouca em não ser o ex-ministro Sérgio Moro”, revelou.

Confira a entrevista na íntegra no link abaixo:
Texto: Beatriz Rieger e Evelyn Mendonça