Juíza campo-grandense é eleita presidente de entidade nacional do judiciário

Juíza campo-grandense Noêmia Garcia Porto

Da Redação

A juíza campo-grandense, com formação acadêmica na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Noêmia Garcia Porto é eleita presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), entidade nacional com 42 anos de existência e com mais de 4000 juízes e juízas, do Trabalho. Ela acaba com sequencia de 20 anos de comando masculino.

A eleição aconteceu no último dia 26 de Abril, e a chapa Sou + Anamatra, liderada por Noêmia obteve 1.740 votos contra 1.126 da chapa adversária Foco & Renovação. Ao todo 2.894 associados da Anamatra foram às urnas, por carta ou eletronicamente, o que representa um total de 74,30% dos magistrados trabalhistas aptos a votar. 19 votos foram nulos e 9 magistrados votaram em branco.

Noêmia Garcia Porto em seu gabinte

No seu histórico, a Anamatra foi dirigida por 19 magistrados, sendo que em apenas três biênios a Associação teve em sua Presidência uma mulher. Uma sequencia de 20 anos sob comando de homens acabou com a eleição da campo-grandense, Noêmia Porto, que toma no próximo dia 22 de maio, às 20 horas, no Hípica Hall, em Brasília.

Filha de Edir Porto, assessor parlamentar aposentado, que durante décadas trabalhou na Assembléia Legislativa de MS, Noêmia Porto é Graduada em Direito na UCDB, com pós-graduação, mestrado e doutorado na UNB (Universidade Nacional de Brasília). Na Anamatra já foi vice-presidente, secretária-geral e diretora de Cidadania e Direitos Humanos da referida entidade.

Ao tomar conhecimento do resultado, Noêmia Porto falou da importância da união da Magistratura e da valorização dos direitos sociais. “Foi uma eleição inédita no âmbito da Anamatra, com uma campanha que comportou debates, transmissões ao vivo e intenso uso das mídias sociais, possibilitando um amplo debate democrático. O futuro será de construção da unidade, com ampla representação de todos os segmentos da magistratura trabalhista. O que nos une? A crença no valor da Justiça do Trabalho, seus magistrados e magistradas, e nos direitos sociais como direitos de cidadania”, ressaltou a juíza.