Julho Verde: médico oncologista alerta para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço 

O mês de julho é marcado por campanhas informativas de esclarecimento sobre o câncer de cabeça e pescoço, intitulado como Julho Verde. De acordo com o INCA – Instituto Nacional do Câncer, a previsão é de 39.550 novos casos dos cânceres de Boca/Cavidade Oral, Laringe e Tireoide anualmente no Brasil. O objetivo da campanha é estimular a população à  busca pelo diagnóstico precoce da doença, o que aumenta as chances de cura. 

Em entrevista ao Jornal da Hora nesta quinta-feira (13), o médico oncológico, Dr. Carlos Freitas enfatizou que o câncer de cabeça e pescoço aparece como um nódulo na face, ou como uma mancha, ferida e, até mesmo, uma afta. Ele orienta para que o paciente fique atento ao tempo de cura desses sintomas, e que em caso de persistência, busque um atendimento especializado. 

“Todos esses sintomas podem ser uma dor para engolir, ou pode ser uma mudança na voz. A voz fica rouca, fica fraca, e não vai melhorando. É um sintoma que persiste. O diagnóstico é muito fácil, então se essas alterações que não melhoram, passou de duas a três semanas e não sumiu aquele caroço, ferida, mancha, dor para engolir ou aquela mudança na voz, a pessoa tem que procurar atendimento que pode ser um sinal precoce de câncer de cabeça e pescoço”, enfatizou.

O sintoma mais comum, de acordo com o médico, é a frequência do surgimento de aftas, seguido pelas feridas na boca e a dificuldade para engolir. Ele reforça que é importante verificar a duração dessas feridas. “A chamada para você procurar médico e dar uma atenção especial na possibilidade de câncer é isso, é a lesão que não regride”. 

“O câncer geralmente no começo não tem muita dor, a dor aparece durante a evolução e é aquela lesão que não regride. Então uma afta que não cicatrizou em uma semana, no máximo até duas semanas, precisa ser avaliada, que pode ser câncer de boca. Outro sinal comum é na garganta, a dor para engolir, deixa a voz rouca. Tudo que não melhora, é porque tem uma laringite, uma gripe, alguma coisa a você fica rouco, mas melhora depois, no câncer não, ele vai piorando, vai se instalando devagarinho, porque a duração é um pouco maior”, concluiu. 

O melhor caminho é a prevenção, com hábitos de vida saudáveis e periodicidade nas consultas médicas. Algumas formas de se prevenir contra o câncer de cabeça e pescoço é evitar o tabagismo; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; ter alimentação saudável rica e balanceada com consumo de frutas, verduras e legumes; manter boa higiene bucal; usar preservativo (camisinha) na prática de sexo oral; manter o peso corporal adequado; e realizar a vacinação HPV para meninos entre 11 e 14 anos e meninas entre 9 e 14 anos. 

Em Campo Grande, o Hospital de Câncer de Campo Grande- Alfredo Abrão (HCAA) realiza o tratamento e presta assistência na área de câncer de cabeça e pescoço, com médicos, enfermeiros e técnicos especializados nessas áreas.  

Confira a entrevista na íntegra