Considerado Reserva da Biosfera pela Unesco, o Pantanal é um dos locais com maior biodiversidade do mundo. São 138.183 Km de área, que abrigam 3500 espécies de plantas e mais de 1000 espécies de animais. Mesmo com toda sua riqueza, o bioma teve 49.162 hectares desmatados em 2022.
Diante do desmatamento e da exploração desenfreada do bioma, foi sancionada a Lei do Pantanal, que busca promover a conservação, proteção, restauração e exploração sustentável em todo Mato Grosso do Sul.
Em entrevista ao Jornal da Hora desta quarta-feira (24) a superintendente do Ibama MS, Joanice Lube Battilani destacou que o aumento significativo das áreas desmatadas mobilizou a sociedade em prol da proteção do bioma e gerou a união de diversas instituições para criação da Lei.
“Entre os anos de 2020 e 2022 e início de 2023 se verificou um aumento significativo da área desmatada e isso mobilizou a sociedade […] e através dessa mobilização houve uma pressão […]. Consequentemente o IBAMA participou (da criação da Lei) apoiando o Ministério do Meio Ambiente nas discussões e essa lei foi construída em conjunto”, declarou.
De acordo com a superintendente, a Lei já gerou resultados perceptíveis, e a partir do monitoramento do bioma, o Ibama voltou a realizar fiscalizações e operações de caráter supletivo aos órgãos estaduais.
“Houve um avanço na proteção (do Pantanal). E agora o estado está elaborando a regulamentação da Lei. O IBAMA vinha deixando de fazer a fiscalização no bioma pantanal considerando a competência primária dos órgãos estaduais, porém considerando o aumento do desmatamento o IBAMA voltou a fazer essa fiscalização em caráter supletivo no sentido de reduzir o desmatamento”, concluiu.
Foto e texto por Reuel Oliveira