No início de julho, a Prefeitura Municipal de Campo Grande realizou o lançamento do projeto do Hospital Municipal de Campo Grande. A construção do hospital contará com uma novidade, o modelo “Built to Suit”.
Neste modelo de construção, ocorre uma locação no contrato. O locador realiza a construção e o locatário paga os custos da obra em pagamentos mensais, como um aluguel.
Em entrevista ao Jornal da Hora desta quarta-feira (17), o deputado estadual Lídio Lopes (Patriota) defendeu a construção do hospital e seu modelo de negócios. Ele destacou que a obra vai atender uma demanda que Campo Grande possui há 20 anos.
“Campo Grande tem 900 mil pessoas aproximadamente, mas nós temos 1,586 milhão de cartões do SUS emitidos. A saúde inteira do estado está aqui […] Campo Grande está bancando o estado com o profissional e com o medicamento e essa conta não fecha nunca. Há 20 anos se fala na construção de um hospital e o município gasta R$40 milhões por mês pactuando vagas e há um déficit muito grande de vagas”, explicou.
Na segunda-feira (15), em entrevista à Rádio Hora, o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD), criticou o modelo de negócios que será utilizado na construção do hospital. Pedrossian criticou o modelo e os valores que serão gastos na obra.
O deputado Lídio Lopes ainda destacou que o meio de construção irá facilitar o início dos atendimentos, já que o município terá apenas que fornecer os profissionais.
“Esse hospital será com 250 leitos, todo equipado para que a pessoa entre e já faça os exames e tenha todo aparato. […] a manutenção predial a empresa que construir tem que manter durante os 20 anos, ou seja, o município só tem que colocar lá profissional enfermeiro e médico para executar [ …] depois de licitado a empresa que ganhar ela tem que apresentar todos os projetos e apresentar inclusive todas as liberações”, falou.
Lídio Lopes também destacou que a locação se prorrogará por 20 anos com valor máximo de R$5 milhões.
Lei de restrição ao uso de maconha
Em resposta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que legalizou o porte de até 40 gramas de maconha em todo território nacional, Lídio Lopes apresentou, no último dia 09, um Projeto de Lei que restringe os locais onde serão permitidos o uso do entorpecente no Mato Grosso do Sul.
Conforme o deputado, é necessário fazer o enfrentamento ao uso de entorpecentes, começando pela maconha.
“Nós apresentamos esse projeto por uma preocupação na recuperação da dependência química […] No meu primeiro mandato eu abri o primeiro centro de recuperação de dependentes químicos totalmente gratuito em Campo Grande […] E a maconha é a porta de entrada para dependência química e a porta de entrada para as pessoas ir para a cocaína, para o crack, para todas as drogas mais agressivas, e quando a gente faz esse enfrentamento é justamente por isso”, concluiu.
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Texto por Reuel Oliveira