Mantendo serviço de urgência e emergência, enfermeiros de Campo Grande entram em greve na quinta-feira

Categoria pede pagamento do adicional de insalubridade e reajuste do auxílio alimentação

Com o objetivo de reivindicar reparação indenizatória pelo não pagamento do adicional de insalubridade por parte da prefeitura de Campo Grande, enfermeiros e técnicos de enfermagem da Capital irão entrar em greve a partir de quinta-feira (31).  A prefeitura foi notificada sobre o movimento nesta segunda-feira (28), 72 horas antes do início, como pede o artigo 13 da Lei de Greve. 

Para que os atendimentos de urgência e emergência não sejam paralisados e prejudiquem a população, o Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem do município (SITE/PMCG) lançou uma cartilha com instruções a serem seguidas por aqueles que aderirem ou forem apoiar a greve de qualquer maneira. 

De acordo com este manual, será preciso que pelo menos 30% dos profissionais fiquem nas unidades básicas de saúde para atender casos de urgência e emergência. Já em hospitais com pronto-socorro o trabalho deve ser mantido de forma normal. 

“Somos um serviço essencial à população e não queremos colocar a vida de ninguém em risco, apenas lutar por nossos direitos”, explica o presidente do sindicato, Ângelo Macedo.

A entidade ainda orienta que aqueles que permanecerem trabalhando, mas apoiarem a greve devem usar uma fita preta amarrada em seu braço direito para mostrar seu posicionamento a favor do movimento. 

Por sua vez, quem não for cumprir o expediente dentro do 30% para o plantão nas unidades básicas e não estiver em urgência e emergência de hospitais, deverão permanecer mobilizados nas manifestações que serão informadas pelo SINTE. Inclusive neste caso, a administração do hospital ou posto de saúde poderá descontar o tempo não trabalhado do ponto de frequência ou solicitar que essas horas sejam compensadas. 

Entretanto, o sindicato informa que poderá negociar para que os dias de greve sejam compensados com horas extras já feitas pelo trabalhador. 

O movimento é uma resposta da categoria ao descumprimento do acordo feito com a prefeitura, que garantia o pagamento de adicional de insalubridade a partir de janeiro deste ano. 

Além disso, os profissionais pedem que o auxílio alimentação seja reajustado para R$ 494,00, valor pago a outras categorias de servidores municipais. 

  • Fonte: Correio do Estado