Marcelo Bluma pede revisão do plano diretor e estudo sobre os impactos de novos prédios em Campo Grande

Após polêmicas envolvendo a construção de prédios e a verticalização da Chácara Cachoeira que revoltaram os moradores do bairro, o diretor de mobilização da Associação de Moradores, Marcelo Bluma, pediu a revisão do Plano Diretor de Campo Grande.

Em entrevista ao Jornal da Hora desta quinta-feira (14), o diretor falou sobre as construções no bairro e relembrou a alteração do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Campo Grande (PDDUA) ocorrido em 2018. Conforme ele as mudanças não favoreceram a população e agora é necessário que o plano volte a ser debatido e revisado. 

“Em 2018 foi feita uma alteração no plano diretor e essa alteração não foi bem conduzida porque ela alterou a possibilidade de você fazer prédios em bairros que tradicionalmente são horizontais e essa flexibilização começou a produzir problemas […]  Nós queremos revisar o plano diretor, nós não concordamos com a decisão de flexibilizar a construção de edifícios”, ressaltou.

Para o diretor de mobilização da Associação de Moradores, a construção de prédios além de descaracterizar bairros culturalmente horizontais, a construção de prédios acarreta em diversos incômodos para os moradores, como aumento do fluxo de pessoas, aumento do trânsito e entre outros.

“Está gerando hoje uma série de conflitos porque o sujeito chega e descobre que do lado da casa dele vai subir uma torre de 25 andares e aí ele pensa o que vai fazer com sua área de lazer, com a depreciação do meu imóvel, com a perda da privacidade, o aumento do trânsito e o desconforto de dois anos de obra”. 

Conforme Bluma, o problema não afeta somente o bairro em que vive. Ele destaca que bairros como Villas Boas, Itanhangá, Bela Vista, São Bento e Santa Fé passam pelas mesmas dificuldades. 

A solução para o diretor é a revisão do PDDUA e o estado sobre os impactos de cada construção no bairro em que está localizado. “As construções precisam ser pensadas, elas precisam ser bem discutidas e elas precisam ser colocadas em locais adequados”, concluiu. 

Foto e texto por Reuel Oliveira

Assista a entrevista na integra