As aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul têm vivido surtos de Covid-19. Segundo informações do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), a situação é vista como demanda de urgência.
De acordo com a pesquisa realizada pela CIEVS em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena no Estado do Mato Grosso do Sul (DSEI–MS), considera surto em aldeias a ocorrência de pelo menos três casos positivos ou óbitos, no mesmo ambiente.
Nas terras indígenas de Dourados foram contabilizados 89 casos da doença, na quinta-feira (4), o que representa um número 29 vezes maior do que aquilo que é considerado surto.
Tacuru é a segunda cidade com maior incidência, registrando 25 casos. Logo atrás vem Paranhos (18), Caarapó (7), Japorã (6) e Amambai (5).
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O surto é uma epidemia em que os casos se restringem a uma área pequena e bem definida. Por isso, mesmo que os números parecem ser pequenos requer atenção, já que mostra a realidade de um pequeno.
Ao todo, nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul, foram registrados desde o início da pandemia 4.725 casos, com 106 óbitos e 4.564 recuperados.
Em reunião com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) foram discutidos sobre o aumento no número de ocorrências, a necessidade de estruturação das unidades de saúde para garantia de disponibilidade de equipamentos de proteção, álcool em gel, testes, e leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Além disso, foi pedido para que haja uma articulação com as Secretarias Municipais de Saúde para o fortalecimento da rede municipal.
A principal estratégia traçada é o Plano de Contingência, com o monitoramento e atendimentos, além de ajudar no isolamento das pessoas.
Em live, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, disse que responsabilidade das aldeias é do Ministério da Saúde, mas que a SES tem se colocado à disposição para ajudar no que for preciso.
“É importante a gente dizer que esses surtos, dentro das reservas indígenas, poderiam ter sido evitados se nós tivéssemos iniciado um processo de imunização dentro das comunidades indígenas no mesmo tempo que iniciamos na comunidade no modo geral”, afirmou o titular da Pasta.
A campanha de vacinação em jovens e adolescentes indígenas teve início em 29 de setembro, um mês após iniciar no mesmo público nas áreas urbanas de Mato Grosso do Sul
Resende ainda disse que durante a campanha de vacinação foram enviados vários ofícios ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), para realizar a imunização.
“Nós encaminhamos doses de vacina suficientes para que nós tenhamos nessa população que é mais vulnerável (adolescentes e idosos)”, completou.