Mato Grosso do Sul vai decretar Estado de Emergência para gripe aviária

Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, teme prejuízos que doença pode causar à economia brasileira

Nos próximos dias, o Governo do Estado deve publicar um decreto declarando Estado de Emergência Zoosanitária  e intensificar as ações visando impedir a entrada de aves contaminadas com a gripe aviária em Mato Grosso do Sul.

A decisão foi tomada após reunião virtual entre os secretários estaduais de Agricultura com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, que está em missão comercial à Europa e Ásia.

Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), destacou que Fávaro está preocupado com os prejuízos que a doença pode gerar ao país.

Mato Grosso do Sul já possui decreto de Alerta Zoossanitário em vigor desde o dia 2 de junho, quando também foi instituído o Sistema de Monitoramento, Avisos e Ações para fins de prevenção à ocorrência da influenza aviária H5N1 em Mato Grosso do Sul.

“O ministro pediu que seja transformado em Estado de Emergência porque está muito preocupado com o enorme prejuízo que pode representar ao país se essa doença chegar a uma granja de aves”, afirmou.

Ao todo, o Governo Federal destinará R$ 200 milhões para ações de prevenção.

“Mato Grosso do Sul deve receber R$ 2 ou 3 milhões, que usaremos para aumentar as estruturas das barreiras, pagar diárias, intensificar a prevenção”, completou Verruck.

No Estado, o monitoramento é coordenado pelo Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas de Mato Grosso do Sul (GEASE/MS). Até o momento, não há registro de contaminação nem de aves silvestres com a influenza aviária no Estado.

Entre as atribuições do GEASE/MS estão a mensuração e acompanhamento diário das informações estratégicas em saúde, especialmente acerca da velocidade de propagação da influenza aviária HSNI em território nacional e internacional; estabelecimento de fatores de riscos, proposição de estratégias de vigilância ativas e passivas; levantamento de condições e de necessidades de insumos para prevenção e aplicação de plano de contingência específico a ser definido, e na edição de boletins informativos quinzenais.

Foto: Reprodução Correio do Estado
Fonte: Correio do Estado