O Ministério da Saúde encerrou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe iniciada em 11 de março. Apesar disso, a vacina ainda pode ser obtida nas unidades de saúde, já que o ministério orientou estados e municípios a estenderem a vacinação ao público geral, enquanto durarem os estoques.
Mais de 18 milhões de pessoas do grupo prioritário ainda não haviam se vacinado até o início da tarde de hoje, mesmo após a prorrogação da campanha por mais um mês, já que ela estava prevista inicialmente para acabar em 29 de maio.
A campanha buscava a imunização do grupo prioritário, formado por idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, membros das forças de segurança ou salvamento, pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas com deficiência, professores de escolas públicas e privadas, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas (pós-parto até 45 dias) e pessoas de 55 a 59 anos de idade.
Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados, até maio de 2020, 1.517 casos de influenza (gripe) em todo o país, com 209 mortes. No ano passado, foram contabilizados 5.800 casos e 1.122 vítimas da doença no Brasil.
Em São Paulo, tanto o governo do estado quanto a prefeitura da capital decidiram prorrogar a campanha de vacinação até o dia 24 de julho. Apesar de alguns grupos como idosos e profissionais de saúde terem atingido a meta de mais de 90% de imunização, a taxa ainda é considerada baixa para crianças com idade entre 6 meses e menores de 6 anos, gestantes e puérperas, com índices inferiores a 60%.
Já no Rio de Janeiro, a campanha de vacinação chegou ao fim nesta terça-feira. Até ontem, 78,4% do público-alvo havia sido vacinado no município do Rio. A Secretaria Municipal de Saúde informou hoje que, mesmo com o término da campanha, os postos de saúde continuarão a aplicar as doses enquanto houver estoque. Segundo o órgão, a menor adesão entre os grupos prioritários está nas gestantes, mulheres que tiveram bebês nos últimos 45 dias e crianças de 6 meses a menores de 6 anos.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro também destacou que parte dos grupos prioritários está abaixo da meta: crianças de seis meses a seis anos, gestantes, puérperas e adultos de 50 a 59 anos. Essas pessoas ainda poderão ir aos postos de saúde obter a vacina, que também será liberada para pessoas de fora do grupo prioritário.
A vacina contra a gripe é eficaz contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam no último ano no hemisfério sul, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o ministério, a vacina é segura e reduz as complicações que podem levar a casos graves da doença e óbitos.