O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, recebeu nesta quarta-feira (12) cerca de 30 deputados da Frente Parlamentar Evangélica em seu gabinete em Brasília.
Os políticos foram demonstrar apoio ao ministro após os ataques sofridos devido à divulgação de conversas entre o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato.
A reunião durou pouco mais de 40 minutos, Moro mostrou-se tranquilo diante dos deputados, negando qualquer combinação na atuação com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no período em que, enquanto juiz, era responsável pelos processos relativos à Operação Lava Jato.
Segundo relato dos parlamentares, Moro teria dito que o vazamento das conversas entre as autoridades envolvidas na Lava Jato foi criminoso, e que sequer pode confirmar até onde o conteúdo é verdadeiro, já que as conversas são antigas.
O apoio demonstrado pelos parlamentares tem o objetivo de fortalecer a permanência do ministro no cargo, já que a oposição tem sugerido que ele deferia se afastar do Ministério da Justiça e ser investigado por, supostamente, ter combinado ação contra o ex-presidente Lula, condenado pelo ex-juiz.
O deputado Silas Câmara (PRB-AM) aproveitou o encontro para oferecer ao ministro uma oração em seu favor, ele teria aceitado prontamente. Os parlamentares então levantaram a voz em oração por Moro, segundo O Globo.
Moro esteve mais cedo, juntamente com o diretor da PF, Maurício Valeixo, em uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro. A audiência não estava na agenda de nenhum dos dois e a pauta debatida não foi divulgada.

(Foto: Isaac Amorim/MJSP)
Índices
Dados oficiais divulgados pelo ministro, sobre os índices de criminalidade, mostraram uma forte queda no primeiro bimestre do ano. Ao comemorar, Moro afirmou que nada vai impedi-lo de cumprir sua “missão”, nem mesmo “hackers de juízes”.
Entre os dados destacados, está a queda de 23% no número de registro de homicídio, na comparação com o igual período do ano passado. Ele compartilhou o mérito com o governo federal e os governos estaduais e distritais.
*Com informações de Michael Caceres do Gospel Prime