Diante da decisão da OMS de decretar emergência de saúde pública global por causa da mpox, o Ministério da Saúde instala, nesta quinta-feira (15), o Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar ações de resposta à doença no Brasil
Embora o país apresente estabilidade de casos da doença desde o início de 2023, o centro vai reforçar a vigilância e o planejamento relacionado à mpox e coordenar as ações de resposta para que o Brasil não seja pego de surpresa em caso de uma epidemia mundial
A ministra Nisia Trindade adiantou que entra as medidas que serão adotadas estão a aquisição de testes de diagnóstico, alerta para viajantes e atualização do plano de contingências. Ela também falou sobre vacinas e disse que, por enquanto, não há previsão de imunização em massa.
Desde a Emergência de Saúde Pública no mundo declarada pela OMS em julho de 2022 e encerrada em maio de 2023, as ações de vigilância para a mpox se mantiveram como prioridade no Ministério da Saúde.
Na última terça-feira foi realizado um seminário online, com a participação de especialistas onde foram discutidos cuidados à doença, além das principais estratégias de vacinação.
O diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente transmissíveis, Draurio Barreira, explicou porque a situação na África preocupa.
“Nessa época de globalização em que vivemos, ter um caso na África, na Ásia, ou em qualquer lugar da Oceania, significa um risco de que isso se torne rapidamente uma epidemia global. Falando um pouco sobre o Brasil, temos uma atenção muito especial em relação a mpox porque, no início da epidemia em 2022, os dois países mais acometidos, não apenas por uma questão de valores absolutos, mas também pela incidência, foram os Estados Unidos e o Brasil”.
No pico de emergência global em 2022, o Brasil teve quase 12 mil casos confirmados. Este ano, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis. Da lá pra cá, foram registrados 16 mortes, sendo a mais recente em abril de 2023
Fonte: Rádio Nacional