A economia de Mato Grosso do Sul deve fechar 2020 com crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,8% em relação ao período pré-crise (2014). De acordo com o levantamento da Tendência Consultoria Integrada, MS deve apresentar o terceiro melhor resultado, tendo à frente Mato Grosso e Roraima.
Isso coloca Mato Grosso do Sul em um grupo muito seleto. Em todo o território nacional, somente 12 estados e o Distrito Federal vão terminar com o PIB acima do nível pré-crise. Os outros precisarão de mais tempo para recuperar o tamanho da economia antes da recessão, em 2013 e 2014.
O PIB brasileiro fechará o ano 1% abaixo do nível pré-crise. Os piores resultados são esperados para Bahia (-5,6%), Rio Grande do Norte (-6,9%), Amapá (-7,2%) e Sergipe (-7,3%). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em determinada localidade.
Apenas dois estados terão crescimento ainda maiores que o de Mato Grosso do Sul: Mato Grosso (12,6%) e Roraima (11,6%). Economias importantes como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro não conseguiram superar a crise e vão terminar com resultado negativo.
Já o índice positivo de Mato Grosso do Sul reflete – em boa parte – à política de desenvolvimento econômico, com o fomento à modernização, uso da ciência e tecnologia e aumento da produtividade agropecuária e a uma série de medidas de austeridade do governo estadual, com as reformas administrativa e previdenciária e a renegociação de contratos e da dívida.
Estudo da Semagro mostra que, em 2015, quando o Brasil entrou em crise, o PIB de Mato Grosso do Sul teve queda de -0,27% e no ano seguinte, novo tombo de -2,63%. A partir de 2017 teve início a recuperação com forte crescimento de 4,88%. Para 2018 o índice previsto é de 2,86%, mais 2,23% em 2019 e 3,36% em 2020.
Beneficiada pelo câmbio desvalorizado e pelo avanço da agropecuária, a região Centro-Oeste foi a que menos sofreu durante a crise econômica, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A expectativa é que a economia avance 2,4%. Apenas Goiás, que ainda vive intensa crise fiscal, continuará abaixo do nível pré-crise.