MS recebe R$ 40 mi de crédito para construção de armazém e fábrica de açúcar

Amazém terá capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e a produção diária estimada da fábrica é de até 850 toneladas, junto da usina de etanol

Foto: Gerson Oliveira

Através da aprovação de financiamentos gerais da ordem de 216 milhões de reais, por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mato Grosso do Sul recebe uma parcela de crédito de R$40 milhões que vai beneficiar o desempenho do chamado setor sucroenergético do Estado.

Esses R$40 milhões de crédito, segundo o BNDES em nota, são voltados para construção de armazém e fábrica de açúcar na região leste do interior do Estado, mais especificamente no município de Nova Andradina. 

Concedido à Energética Santa Helena, o crédito representa 90,6% do total de recursos a serem investidos no município a receber as edificações. 

O armazém terá capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e, conforme previsto, a fábrica terá uma produção diária de até 850 toneladas junto da usina de etanol. 

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Com esse empreendimento, a Santa Helena estima ampliação do quadro de funcionários (saltando de 1.280 para 1.330), estimando 100 postos de trabalhos gerados diretamente durante a implantação e outros 50 após conclusão. 

Em complemento, esse projeto deverá empregar 150 trabalhadores indiretos durante a implantação e outros 70 quando concluído, sendo parte de uma ampliação e modernização nacional que, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, está “alinhada às políticas públicas do governo do presidente Lula”. 

“Pois atendem aos objetivos de fortalecer a produção agrícola brasileira, além de modernizar, reformar e construir novos armazéns, ampliando a capacidade de armazenamento e gestão de estoques para enfrentar sazonalidades”, completou Mercadante.

Investimentos
Recursos derivados do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), do Plano Safra 2024/25, e da linha de crédito Financiamento a empreendimentos (Finem), o BNDES aprovou R$ 216,6 milhões, sendo: 

R$83,8 milhões para a Copacol – Cooperativa Agroindustrial Consolata (sendo R$ 52,84 milhões em recursos PCA e R$ 31 milhões em Finem),
 
R$52,84 milhões em recursos PCA para a Coamo Agroindustrial Cooperativa,
 
R$40 milhões para a Energética Santa Helena S.A (sendo R$ 25 milhões em recursos PCA e R$ 15 milhões em Finem), e
 
R$40 milhões para a Vale do Paracatu (sendo R$25 milhões do PCA e R$15 milhões do Finem).
Além de Nova Andradina, os financiamentos do Banco contemplam demais territórios, sendo as cidades de Cascavel, Jesuítas, Barbosa Ferraz, Brasilândia do Sul e Engenheiro Beltrão, no Paraná, além de Paracatu (MG).

Esse PCA é um dos chamados programas agropecuários do Governo Federal (PAGFs), financiando produtores e cooperativas rurais em busca da ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns e câmaras frias.

Tanto o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns como os demais PAGFs contam com juros equalizados pelo Tesouro Nacional, que são operados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. 

Vale lembrar que, apesar do cenário de déficit hídrico que prejudica as plantações de cana-de-açúcar, há cerca de um ano Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção, ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 50,5 milhões de toneladas na safra, que representou crescimento cíclico anual de 17%.

Fonte: Correio do Estado