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Mais de 120 pessoas vieram a óbito em 2025 no Mato Grosso do Sul em decorrência da Influenza. São mais de 3,9 mil casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) no estado, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Os números geram um cenário de preocupação para as autoridades públicas em relação à saúde da população.
A Gerente de Influenza e Doenças Respiratórias da SES, Dra. Lívia Maziero, ressaltou em entrevista ao Jornal da Hora desta sexta-feira (23), que o cenário é de preocupação. A Dra. relatou a escassez de leitos e o alto índices de internação ao analisar a situação.
A Dra. explicou que é necessário procurar atendimento médico somente com o agravamento dos sintomas, ao sentir falta de ar ou dificuldade para expandir o peito para respirar. Ela também destacou que o paciente pode buscar atendimento nas Unidades de Saúde.
“Não precisa [buscar atendimento] apenas na UPA 24h, é por isso que temos o serviço tão sobrecarregado, porque as pessoas vão somente à UPA. Nós temos unidades de saúde, com médicos, com equipes próprias para atendê-los nas unidades básicas mais próximas da residência”, disse.
Como parte da estratégia de combate, a SES tem realizado a ampliação de leitos em municípios estratégicos como Três Lagoas e Dourados para a regionalização do atendimento, evitando uma maior sobrecarga na capital.
Conforme ela, a situação é agravada pela variedade de vírus em circulação no estado.
“Nós temos a circulação de vários vírus respiratórios. Na pandemia era só a Covid-19 circulando. Hoje nós temos além da Covid, a Influenza A e B, o Vírus sincicial respiratório, o Rinovírus, tudo em circulação. Então a população tem que estar ainda mais atenta a esta gama de vírus respiratórios que podem causar a forma grave da doença”, disse.
Vacinação
Conforme a Dra. Lívia Maziero, a SES tem intensificado as ações, juntamente com os secretários municipais de saúde em prol do alcance de todos o público alvo da vacina. Apesar dos trabalhos, ela relatou a diminuição da procura pela vacina no decorrer dos anos.
A Dra. também explicou a importância da vacinação na luta contra o agravamento das doenças. “É a vacina que vai fazer esse indivíduo, essa criança, esse idoso, essa pessoa com comorbidade evoluir de uma forma melhor ao contato com o vírus e evitar a forma grave. Essa é a grande estratégia para evitar a forma grave da doença e o óbito”, concluiu.
A vacina contra a Influenza está disponível para todos os públicos e pode ser encontrada de forma gratuita nas 74 unidades de saúde da família (USFs) da Capital. A Prefeitura de Campo Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde, atende de forma itinerante, com a vacinação em EMEIs mediante a autorização dos responsáveis. Na tarde desta sexta-feira (23) a vacina também será aplicada na Praça Ary Coelho, durante o evento da Luta Antimanicomial
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Texto por Reuel Oliveira e Maria Luiza Massulo
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Assista a entrevista na íntegra
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