MS será responsável por 33% da celulose produzida no País

Com uma nova fábrica anunciada, Mato Grosso do Sul se consolida como polo de produção de celulose no Brasil. O Estado será responsável pela produção de 7,1 milhões de toneladas do produto, somando as unidades fabris já em funcionamento em Três Lagoas e a nova fábrica que será instalada em Ribas do Rio Pardo. 

De acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), em 2018 o Brasil produziu 21,1 milhões de toneladas de celulose, consolidando-se como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA). Foram produzidas, considerando o processo químico – tanto fibra curta (eucalipto) como longa (pinus) – e a pasta de alto rendimento, 21,1 milhões de toneladas, um crescimento de 8% em relação a 2017.

O volume exportado atingiu 14,7 milhões de toneladas, representando incremento de 11,5% comparado ao ano anterior. Considerando a quantidade produzida em 2018, MS produzirá 33,64% do resultado nacional. 

Atualmente, Três Lagoas detém o monopólio da produção de celulose no Estado. A Suzano tem hoje duas plantas no município, ambas construídas pela Fibria, empresa incorporada pela Suzano em abril deste ano em um negócio de R$ 36 bilhões. A compra da Fibria, porém, teve início no ano passado.

NOVA INDÚSTRIA

A Suzano S.A. anunciou no início de dezembro a aquisição de 106 mil hectares de terra e a licença de instalação da fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, com capacidade para 2,2 milhões de toneladas. Esta será a quarta indústria de produção de celulose no Estado. A unidade de Ribas do Rio Pardo se somará às outras duas fábricas da Suzano, localizadas em Três Lagoas.

A unidade deve receber investimentos, pelo menos inicialmente, de parte dos R$ 300 milhões previstos para a expansão dos negócios da companhia no próximo ano. No mesmo comunicado divulgado na semana passada, a Suzano informou que já adquiriu pelo menos 100 mil hectares de terras no Estado, patrimônio que já está em poder das subsidiárias de gestão de imóveis da companhia. Neste ano, no setor de terras e florestas, a companhia deve investir R$ 1,3 bilhão. Para 2020, a previsão é de mais R$ 400 milhões em investimentos – boa parte desses recursos deve ser aplicada em Mato Grosso do Sul.