Considerada o alimento da alma, a música permite boas sensações, acalma o coração e proporciona paz interior; já o esporte estimula a saúde e pode levar descontração e sensação de bem-estar a quem o pratica. Nesse sentido, reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) participaram de ações que visam a humanização da pena.
Este mês, as custodiadas disputaram uma partida de futsal com a equipe de jogadoras profissionais “Minas Gerais”. Além de jogar com as detentas, demonstrando respeito e buscando a inclusão dessas mulheres em situação de prisão, o time de atletas realizou a doação de kits de higiene para cada uma das cerca de 300 custodiadas do EPFIIZ.
Segundo a idealizadora da iniciativa, atleta Vitória Ribeiro, a equipe realiza diversas ações sociais com a comunidade carente, objetivando alcançar o máximo de mulheres e estimular nelas maior autoestima.
Em quadra, Vitória e outras 16 jogadoras driblaram o preconceito e distribuíram com a vontade de contribuir com quem precisa. “A finalidade é muito mais que jogar bola, é olhar para o próximo com amor, exercendo a solidariedade e cidadania”, afirmou.
Outra ação de cidadania desenvolvida no presídio é o Coral Reviver, formado por 20 reeducandas, que agora em dezembro apresentaram uma Cantata de Natal às demais companheiras de cárcere, representando o encerramento das atividades do ano.
As aulas de música são promovidas pelo Ministério Salva Vidas da Igreja Batista em parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). O coral é coordenado pela agente penitenciária Vanilce Silva Leal dos Santos.
Durante todo o ano de 2019, às terças-feiras, o professor de canto Paulo Daniel Bogarin Ávalo compareceu ao presídio para ensaiar com as cantoras. “Os ensaios de coral vão além da música, porque aplica a palavra de Deus em orações”, enfatizou o regente.
“As participantes, além de voz e boa vontade de aprender, têm que possuir bom comportamento, considerando que é necessário ter bom convívio e entrosamento”, destacou a diretora do EPFIIZ, Mari Jane Boleti Carrilho.