Na Capital, valor da cesta básica contrapõe salário mínimo e torna alimentação cada vez mais inacessível

Para comprar cesta e suprir despesas, campo-grandenses deveriam ganhar R$ 5.969,17

Constantes reajustes nos valores dos alimentos e salário mínimo insuficiente, cotado em R$1.100 tem dificultado a missão de quem precisa levar comida para casa.  

Segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (7) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica apresentou variação de 1,26 % a menos em Campo Grande no mês de novembro.

No entanto, a Capital sul-mato-grossense ainda está entre os 17 estados brasileiros com o valor mais alto nos itens da cesta básica.

Considerando o valor da compra básica que está em R$645,17, e o salário mínimo de R$1.100, para abastecer a despensa e ainda pagar gastos como: água, luz, aluguel ou parcela de imóvel e até mesmo gasolina, além de eventuais despesas, o trabalhador precisaria ganhar no mínimo R$ 5.969,17.  

Conforme os números do departamento, para alcançar a qualidade de vida em Campo Grande, o indivíduo precisaria trabalhar em média, 129h02 de modo a conseguir comprar alimentos.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que mesmo com a média salarial no país, de R$ 2.433,00 nesse ano de 2021, um tanto inalcançável para a maioria da população manter os gastos com alimentação.

Vale lembrar que a lei do salário mínimo estabelece ao montante, a obrigação de suprir as necessidades de um trabalhador e sua família, considerando ainda, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

  • fonte: Correio do Estado