Com 1,2 milhão de casos notificados no Brasil, dengue bateu recorde histórico em 2022 e número pode ser até cinco vezes maior. A afirmação é do pesquisador da Fiocruz Rivaldo Venncio, que em entrevista ao Jornal da Hora desta segunda-feira (30), estimou que o número total de casos no último ano teria alcançado a marca de 8 milhões de casos no País.
As mortes provocadas pela dengue também é algo preocupante, pois segundo o pesquisador, o número também bateu um recorde. “Tivemos o recorde do número de mortes diretamente provocadas pela dengue, ou seja, um cenário preocupante, muito preocupante. Tanto em Mato Grosso do Sul, como em diversas outras regiões do país, em especial na região Sul”, declara.
A atenção da população no combate ao Aedes Egypti, mosquito vetor da doença, deve ser redobrada, principalmente neste início do ano, marcado pelas chuvas.
De acordo com Venâncio, a própria população pode contribuir ao cuidar do próprio quintal.
“O mosquito Aedes, nosso grande conhecido que se procria em ambientes domésticos e peridomésticos, ou seja, todo e qualquer objeto que possa acumular água é um potencial criadouro do mosquito Aedes aegypti. Dessa forma cada cidadão pode e deve dar a sua contribuição olhando seus quintais, conversando com os vizinhos, olhando os terrenos baldios, não deixando ao relento quaisquer objetos que possam acumular água desde uma simples tampa de garrafa, a uma casca de ovo ou uma garrafa”, finaliza.