A Espanha registrou um salto de 738 mortes por coronavírus nesta quarta-feira (25), superando o total de óbitos em decorrência da doença na China, onde se originou, enquanto o país luta para lidar com o número crescente de infecções.
Com 3.434 mortes, a Espanha agora tem o segundo maior número de mortes no mundo, depois dos 6.820 da Itália. Uma pista de patinação em Madri foi transformada em um necrotério improvisado, e dezenas de mortes estão sendo registradas em lares de idosos em todo o país.
Profissionais de saúde da Espanha, que respondem por milhares dos infectados, entraram com ações judiciais contra o governo, queixando-se da falta de equipamentos básicos de proteção, como máscaras, jalecos e luvas.
O Exército espanhol pediu à Otan ventiladores pulmonares, equipamentos de proteção e kits de teste, disse o chefe das Forças Armadas, Miguel Villarroya, nesta quarta-feira (25).
A Espanha está no 11º dia de um bloqueio nacional de 15 dias, que provavelmente será estendido para 30 dias. Escolas, bares, restaurantes e a maioria das lojas estão fechadas. Reuniões sociais são proibidas. As pessoas estão confinadas em suas casas.
“Alcançamos uma redução quase total no contato social”, disse o chefe de emergência em saúde, Fernando Simon, em entrevista coletiva, acrescentando que a Espanha estava chegando ao auge da epidemia.
O número de casos de coronavírus aumentou em um quinto, para 47.610, nesta quarta-feira (25).
Além do impacto devastador na saúde, o bloqueio foi um golpe punitivo para a economia espanhola, com dezenas de milhares de trabalhadores temporariamente afastados, à medida que setores como varejo, turismo e manufatura pararam.