Por Alex Nantes

O Jornal da Hora desta segunda-feira (9) recebeu o Deputado Federal Dr. Luiz Ovando. Ele falou sobre o contingenciamento nas Universidades Federais do país, cursos a distancia e sua permanência no PSL (Partido Social Liberal).

O deputado falou que o país não está mais se preocupando na qualificação daqueles que fazem um curso superior. “Nós temos aqui no Brasil uma disseminação de pós-graduação, mestrado e doutorado, e percebo que não estamos tendo uma resposta positiva na qualidade do ensino”.

Para ele, o EaD (Ensino a Distância) é um grande problema na qualificação dos alunos. “Infelizmente as universidades acharam nesse recurso uma ‘fonte de ouro’. Os institutos podem ter uma quantidade significativa de estudantes, com um corpo descente pequeno e o valor das mensalidades reduzidas. A principio é ótimo, mas a pessoa termina o curso sem saber fazer o pratico”, disse Dr. Luiz Ovando.

Contingenciamento

O médico acredita que o contingenciamento nas universidades federais foi necessário. “O Brasil estava em crise, e a economia passando por um momento difícil. A quantidade de verba congela foi pequena, retirou apenas 30% das despesas não obrigatórias”.

O Ministério da Educação foi alvo de dois contingenciamentos neste ano, determinados pelo governo federal como forma de enfrentar a crise econômica. Em março, foram bloqueados R$ 5,8 bilhões. Em abril, o MEC anunciou o bloqueio de 30% da verba das universidades e disse que poderia liberar o dinheiro se a economia fosse retomada ou a reforma da previdência fosse aprovada. Em julho, outro decreto bloqueou R$ 348,47 milhões da pasta.

O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. Despesas obrigatórias, como o pagamento de salários e aposentadorias, não foram afetadas.

Partido

Dr. Luiz Ovando disse que já recebeu varias propostas de outros partidos, mas que não pretende sair do PSL. “O PSL é uma grande família. Como nos outros partidos, nós também temos problemas, mas os outros são mais opressores e não deixamos aparecer, e nós somos mais liberais e as coisas acabam aparecendo”, concluiu.