“O vale da sombra da morte nunca pareceu tão real”, testemunha mãe

A terceira filha nasceu com uma síndrome rara que prejudica os pulmões e o pâncreas

Nascida em lar cristão, a palestrante Cristiane Vaz viveu um momento de grande dificuldade com a saúde da sua terceira filha. Ela contou que desde que conheceu seu esposo eles decidiram que teriam quatro filhos e assim aconteceu.

Em entrevista ao programa “Prova Viva”, da Rede Super, ela contou que antes do casamento, em um momento de oração, ela teve uma visão: “Eu sonhei com uma primeira barriga que evoluía, ficava bem bonita, redonda, daí o bebê saia e corria. Na segunda também o bebê saia e corria, mas na terceira barriga, esse bebê não corria, ele ia para uma fila com outros bebês voltando para o céu. E eu guardei isso”, declarou.

Mas mesmo com temor, ela não desistiu do sonho de ter quatro filhos. “A gestação foi muito tranquila e o Gabriel, com 3 anos, disse que Deus teria afirmado que eu estava grávida de uma menina”, relembra Cristiane mesmo sabendo que a médica tinha dito que era um menino.

No dia do ultrassom morfológico, a médica realmente confirmou que era uma menina e Gabriel afirmou que Deus tinha lhe dito que ela se chamaria “Menina”. Lendo a Bíblia, Cristiane pensou em chamá-la de Talita, que em aramaico quer dizer menina.

Com a aproximação do parto, ela sentiu uma sensação de morte muito grande. “Eu me preparei para partir e para não partir. Arrumei a casa toda organizada para aquele momento, caso ele viesse a acontecer”, contou ela.

Em 19 de novembro de 2007, ela se internou para dar à luz, mas o parto teve complicações. “Eu senti a sonda sendo colocada, senti muita dor”, disse ela. A anestesia não funcionou e ela sentiu muita dor e desmaiou muitas vezes.

“Terminado o parto, eu fiquei mais dias no hospital. Deu tudo certo e ela nasceu saudável. Eu entendi que ali Deus já tinha dado o livramento. Só que não, no teste do pezinho ela foi diagnosticada com fibrose cística”, relatou.

Fibrose cística é uma doença genética que compromete os pulmões e o pâncreas. A pequena Talita tinha muitos problemas respiratórios e chorava muito. “Foram cinco meses muito difíceis, mas o Senhor a curou totalmente”, testemunha.