
.
O Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, iniciará uma ofensiva sobre o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), por um aceno favorável ao projeto da anistia aos condenados pelos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.
O diagnóstico é de que uma manifestação positiva da Casa Legislativa possa convencer o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o pedido de urgência à proposta no plenário da Casa.
Até mesmo os aliados do presidente da Câmara reconhecem que a resistência de Alcolumbre é um impeditivo para a tramitação acelerada da iniciativa.
Isso porque Hugo não quer contrair o desgaste de colocar a proposta para ser votada e ela ficar em banho-maria no Senado Federal, sem ser pautada.
A estratégia anterior era aguardar uma aprovação na Câmara para convencer o Senado a votá-la. Mas os partidos de oposição diagnosticaram que a resistência de Hugo é proveniente também da posição de Alcolumbre.
Por isso, um grupo de deputados e senadores da oposição querem se reunir na próxima semana com Alcolumbre para discutir o tema, apresentando argumentos favoráveis à proposta.
Na semana passada, deputados conservadores falavam até mesmo em uma reunião entre Alcolumbre e Bolsonaro. Com a operação do ex-presidente, no entanto, a intenção foi adiada.
A CNN perguntou a Bolsonaro, na semana passada, se ele estaria disposto a se reunir com Alcolumbre. O ex-presidente, porém, mudou de assunto e não respondeu.
O PL já conseguiu reunir assinaturas suficientes e protocolou pedido de regime de urgência para o PL da Anistia. A maior parte dos líderes partidários, porém, defendem que a iniciativa tramite inicialmente em uma comissão especial.
O receio da direita é de que uma demora na tramitação possa enterrar a proposição, ainda mais diante do risco de recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Fonte: CNN Brasil