Opositores à Cezário, Paulo Telles e Amarildo Carvalho tem expectativa de decisão dos clubes

Na manhã da última terça-feira (21) foi deflagrada a Operação Cartão Vermelho, que investiga desvios de dinheiro na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). A operação resultou na prisão do presidente da FFMS, Francisco Cezário, apontado como chefe do esquema. 

Em entrevista ao Jornal da Hora desta sexta-feira (24), o ex-dirigente do Cene, Paulo Telles, e o ex-técnico Amarildo Carvalho falaram a respeito do escândalo envolvendo o futebol estadual. Tanto Paulo quanto Amarildo tentaram concorrer à presidência contra Cezário, mas sem sucesso. 

O ex-dirigente declarou durante a entrevista que sua maior preocupação é com a falta de atitudes.Telles destacou que a atual presidência da FFMS deve se retirar do cargo até que a investigação finalize. 

“Nosso receio é o silêncio. Não estou aqui acusando ninguém sobre essa situação porque existe uma investigação em curso, existe uma justiça que está fazendo todo o seu papel, mas dentro da entidade da federação de futebol, quem não tem nada a ver com isso que peça pra sair pra poder dar transparência”, declarou.

Conforme Amarildo, para que haja transparência por parte da federação durante as investigações, é necessário que os membros da FFMS se afastem temporariamente, e após as investigações retornem aos seus postos.

“Eu sempre falei que quanto pior o nosso futebol está, melhor é para alguns, alguém sai ganhando com isso agora eu não sei quem estava ganhando, mas nós temos que dar um basta, chegou a hora. Esse pessoal [da diretoria] tem que pedir afastamento, ter hombridade para deixar a investigação correr. Se tiver íntegro volta ao  posto, mas senão, vai ter que pagar na justiça”, falou. 

Clubes se reúnem nesta segunda

Enquanto aguardam o decorrer das investigações, os clubes de futebol do estado se reúnem na próxima segunda para debaterem o caso. 

A reunião poderá marcar a mudança da presidência da federação, pois conforme o estatuto da FFMS, no Artigo 16, parágrafo 6°, os clubes filiados têm o poder de destituir a presidência em caso de justa causa, desde que ⅔ dos presentes concordem com a ação. 

Assista a entrevista na integra