Os últimos dados do Empresômetro, empresa brasileira de inteligência de mercado, mostram que para cada empresa que foi fechada este ano, três foram abertas.
“É uma tendência da economia brasileira. A busca pelo espaço no mercado, a necessidade de gerar renda e a facilidade de promover a regularização e cadastro de empresas faz com que o número aumente”, diz o CEO do Empresômetro, Otávio Amaral.
Nos últimos três anos, o comércio varejista de roupas e acessórios foi a atividade mais escolhida pelos empreendedores brasileiros, isso se reflete também na mortalidade das empresas.
“A consequência é a concorrência, o que, por sua vez, faz com que mais desses negócios fechem”, afirma Amaral, que acredita que até o final do ano esses números se mantenham. Isso porque no ano de 2018 foram fechadas mais empresas do que abertas, um saldo negativo de 5%, mais de 2,4 milhões de cadastros foram encerrados naquele ano.
Desde 2014 a taxa de mortalidade foi subindo, até atingir o ápice no ano passado, mas 2019 começou com novo ânimo; além de mudanças na legislação, que trouxeram facilidades e redução da burocracia, e o contínuo acesso ao crédito.
“O que analisamos foi pura e simplesmente as empresas que tiveram seus cadastros no CNPJ encerrados, isto é, deixaram de existir de forma regular”, conta o CEO.
Para Amaral os dados somente ilustram um cenário comum em mercados como o das Américas, por exemplo, onde todos buscam uma oportunidade, mas nem sempre há o sucesso numa primeira empreitada. “O empresário irá sofrer vários tombos pelo caminho, mas aquele que os superar e aprender com os erros irá prosperar, além de ajudar nosso país gerando renda e empregos”, conclui o empresário.