Para pagar salários, Santa Casa aguarda repasse de R$ 37 milhões do Governo Estadual e Prefeitura de CG 

Foto: O Estado / Arquivo

A Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, divulgou uma nota de esclarecimento a respeito da situação financeira da instituição. Conforme a nota, o hospital aguarda o repasse dos recursos financeiros do governo estadual e da prefeitura de Campo Grande. 

A Santa Casa informou que os recursos serão destinados ao pagamento parcial de salários médicos atrasados, além de medicamentos e insumos.

Conforme o comunicado, o governo estadual irá destinar R$25 milhões, divididos em três parcelas de R$8.333.333,33. A prefeitura, por sua vez, irá repassar R$12 milhões, em duas parcelas de R$2 milhões e oito de R$1 milhão.

Confira o comunicado na íntegra: 

A Santa Casa de Campo Grande informa que os recursos financeiros acordados junto ao Estado de Mato Grosso do Sul e à Prefeitura Municipal de Campo Grande serão integralmente destinados ao pagamento parcial de salários médicos atrasados, e pagamento de medicamentos e insumos. Os valores abaixo possuem destinação exclusiva, sendo vedado seu uso para qualquer outra finalidade.

O Estado se comprometeu a depositar R$25 milhões, divididos em três (3) parcelas de R$8.333.333,33, considerando que o contrato vigente não foi reajustado nos últimos dois anos. Já a Prefeitura efetuará o pagamento de R$12 milhões, distribuídos em duas (2) parcelas de 2 milhões e oito (8) de R$1 milhão, referentes à contratualização dos serviços prestados pela Santa Casa.

Ressaltamos que, devido à falta de atualização do equilíbrio econômico e financeiro dos contratos nos últimos dois anos, o hospital vem enfrentando um déficit financeiro significativo. Agradecemos o empenho das autoridades na busca de soluções para garantir a continuidade dos serviços essenciais à saúde pública, reforçando nosso compromisso, como contratados pelo poder público, de atender com excelência os pacientes regulados pelo município de Campo Grande.

Crise

A crise, no entanto, vai além das finanças. Um relatório recente da própria instituição mostra que setores do pronto-socorro chegam a funcionar com até 557% de ocupação, como o caso do PS Verde Adulto, que tinha 39 pacientes internados em apenas 7 leitos.

Diante desse cenário, o promotor Marcos Roberto Dietz deu prazo de 15 dias para que a Secretaria Municipal de Saúde apresentasse medidas emergenciais para aliviar a pressão sobre a unidade, incluindo o redirecionamento de pacientes para outras instituições de saúde.

Além disso, o Ministério Público de Contas de Mato Grosso do Sul solicitou uma auditoria nas contas da Santa Casa para verificar se os repasses públicos atuais são suficientes ou se há falhas na gestão dos recursos.

Texto por Redação Grupo Hora

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