Para tentar evitar colapso na saúde em Campo Grande, Sesau adota medidas emergenciais

Foto: MidiaMax

Devido ao aumento de atendimento nas unidades de saúde e a superlotação nas unidades de urgência e emergência, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), emitiu nota informando ‘medidas emergenciais’ que serão tomadas como resposta para evitar possível colapso na rede de saúde.

A secretaria justificou que o volume dos atendimentos é causado por fatores como o agravamento de doenças respiratórias, agravamento de quadros crônicos e aumento nos casos médicos de baixa complexidade, o que levou a prefeitura a agir com um Plano de Contingência. 

“A secretaria está reorganizando fluxos, ampliando pontos de cuidado e orientando a população sobre a busca por atendimento adequado, a fim de garantir a assistência segura e minimizar os impactos sobre o sistema de saúde”, diz a nota. 

Medidas emergenciais 

A Sesau informou que será feita a redefinição do uso de espaços físicos e ampliação de pontos de cuidado, como áreas para hidratação, observação rápida e inalação. A equipe médica também passará por mudanças na organização e será feito o envio da EMAC ao escritório de monitoramento clínico, conforme necessidade das unidades com maior demanda.

Além disso, será feito o mapeamento de áreas para possível expansão temporária de leitos nas unidades de urgência e atendimento por demanda espontânea nas unidades básicas;

Outra medida tomada será o remanejamento de pacientes entre as unidades de urgência para atendimento seguro, principalmente crianças para unidades com escala infantil 24h e a avaliação de possibilidade de alta para antibioticoterapia em casa com o auxílio do Serviço de Atendimento Domiciliar aos pacientes.

Orientações para a população 

A orientação da Sesau é para que os pacientes busquem o atendimento nos locais adequados para cada tipo de emergência médica. 

Pacientes com casos mais graves (classificação amarela), que necessitam de atendimento urgente, devem se dirigir a uma unidade de saúde 24h, como os CRS (Centros de Regulação de Serviços) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Os casos leves (classificação azul e verde), onde o paciente apresenta, por exemplo, sintomas gripais leves e pequenas queixas de saúde, devem procurar atendimento nas USFs (Unidades de Saúde da Família). 

Superlotação na Santa Casa 

A Santa Casa de Campo Grande divulgou um ofício na manhã desta segunda-feira (24) pedindo para não serem mais encaminhados novos pacientes à unidade de saúde devido à superlotação do hospital.

O pedido foi encaminhado à Coordenadoria de Urgências, ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), à Central de Regulação Hospitalar, à Central de Regulação Estadual e à 32ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.

Segundo o hospital, o setor de urgência e emergência é projetado para acomodar 13 leitos, mas encontra-se neste momento com mais de 80 pacientes internados, conforme os dados atualizados às 9h de hoje.

O cenário está gerando sobrecarga nos serviços prestados pela Santa Casa, principalmente em relação aos insumos, que se encontram em “situação crítica de escassez”, conforme divulgado no ofício.

  • Fonte: Jornal MidiaMax – Idaicy Solano