Paulo Duarte adverte: tráfego em rodovias está mais perigoso

Deputado cita riscos com intenso fluxo de veículos de carga pesada na BR-262 e Estrada Parque Piraputanga

O aumento no número de veículos e a intensidade de circulação em algumas rodovias que cortam Mato Grosso do Sul, segundo o deputado estadual Paulo Duarte (PSB), também representa crescimento nos riscos por quem trafega nelas. “Pessoas e animais que andam e que atravessam estas rodovias, além da própria natureza e dos veículos, estão sendo alvos das práticas perigosas de direção, alta velocidade e demais perigos decorrentes do alto volume de tráfego”, alertou.

Duarte disse que vem recebendo denúncias e reclamações de moradores da região sobre o problema (Foto: Luciana Nassar)

Duarte cobrou providência das autoridades e citou algumas rodovias, entre as quais a BR-262, na ligação Três Lagoas-Campo Grande-Corumbá, sobretudo na região pantaneira, e a Estrada Parque Piraputanga, num dos endereços mais procurados no mapa do ecoturismo estadual. A manifestação do deputado está transmitida num requerimento aprovado pela Assembleia Legislativa e endereçado à Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).

“A Estrada Parque é área de proteção ambiental e contribui para impulsionar o turismo local. No entanto, transformou-se em rota de escoamento de eucalipto. Diariamente, cerca de 20 caminhões carregados com a madeira trafegam na via”, frisou Paulo Duarte.

No texto de sua proposição, o parlamentar do PSB pede informações detalhadas sobre o aumento significativo no tráfego de caminhões pesados (os tritrens) que fazem o transporte de eucaliptos na MS-450, uma rodovia estadual também conhecida como Estrada Parque Piraputanga. Duarte disse que vem recebendo denúncias e reclamações de moradores da região sobre o problema do tráfego. Destacou uma reportagem recente fazendo semelhante alerta sobre o transporte de eucaliptos na localidade.

“A Estrada Parque é área de proteção ambiental e contribui para impulsionar o turismo local. No entanto, transformou-se em rota de escoamento de eucalipto. Diariamente, cerca de 20 caminhões carregados com a madeira trafegam na via”, frisou. Depois de observar que moradores e empresários estão preocupados com a degradação da via, advertiu sobre os riscos que existirão quando a megaempresa Suzano cumprir a previsão de transportar da Fazenda Lageado cerca de 40 mil metros cúbicos de madeira de eucalipto por mês.

VOLUME CRESCENTE

Os últimos anos Mato Grosso do Sul tem registrado um crescimento econômico bem acima dos níveis da média nacional, o que impõe a responsabilidade de equilibrar o desenvolvimento com a preservação ambiental. “Não se trata de impedir o desenvolvimento econômico e social. Porém, é necessário que seja harmônica a relação com a sustentabilidade humana e ambiental”, assinalou. “O poder publico pode ter esta harmonia construída plenamente, mesmo porque a Suzano está entre as empresas que vêm investindo maciçamente no Estado”, pontuou.

Acidente com caminhões de minério na BR 262, um dos riscos apontados por Paulo Duarte

Sobre a BR-262, Duarte levantou um dos pontos de sua preocupação: a extração de minério de ferro, cujo transporte por terra está sacrificando o leito da rodovia. E faz a advertência: “Este é um corredor que corre um sério risco de ser destruído, sobretudo no trecho de aterro de Corumbá a Miranda, passando pelo Buraco das Piranhas. Por causa das mudanças climáticas e do baixo nível do Rio Paraguai, grande parte da produção de minério, que saía pela hidrovia do Rio Paraguai, foi desviada para a BR-262”, argumentou.

(fotos 1 e 2) Acidente com caminhões de minério na BR 262, um dos riscos apontados por Paulo Duarte [no destaque] Fotos Luciana Nassar e Reprodução

  • fonte: Folha CG