A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias endividadas em Campo Grande teve um leve aumento no mês de janeiro deste ano, com 59,1% contra 57,4% em dezembro de 2018. Em relação a janeiro de 2018, quando o indicador alcançou 50,4% do total de famílias, houve um aumento de 17,26%.
Em números absolutos, são 182.203 famílias endividadas em janeiro, seja com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros, um aumento de mais de 5,4 mil famílias em relação ao mês de dezembro (176.787). Desse total, 33,3% têm contas em atraso e 15,5% não terão condições de pagar as dívidas. Os muito endividados somam 13,7%, os pouco endividados 20,7%, já os que não possuem dívidas do tipo são 40,9%.
“Embora nossa economia já dê sinais de recuperação, o mês de janeiro é tradicionalmente o período em que aumentam os gastos com pagamento de contas, como IPVA e IPTU, além dos compromissos com escola e das dívidas de fim de ano, que acabam atrapalhando o controle das finanças”, avalia o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
O cartão de crédito é a principal fonte de dívidas dos campo-grandenses (63,4%), seguido pelos carnês (24,1%). Crédito pessoal (10,6%) e financiamento de casa (9,2%) vêm logo em seguida.Dos entrevistados, 56,4% têm dívidas em atraso e desses, apenas 19,8% terão condições de quitá-las, outros 46,6% não terão condições e 25,4% apenas parcialmente.
*Com informações de Assessoria