Estimativa para 2024 é colher 12,5 milhões de toneladas de soja, sendo 15 milhões de toneladas colhidas no ano passado
Produtores sul-mato-grossenses tem enfrentado dois grandes problemas, altos custos de produção e estiagem, quem em 2024 podem levar a colheitas ainda menores que o previsto e prejuízo de quase metade da receita dos agricultores locais.
Nas palavras do secretário-executivo da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, com a safra da soja perto de 60% concluída no Estado, a expectativa de colheita deste ano está bem abaixo dos números registrados em 2023.
Conforme a Semadesc, enquanto em 2023 foram colhidos 15 milhões de toneladas, a estimativa neste ano é que 12,5 milhões de toneladas dessa commoditie sejam apanhadas dos campos de Mato Grosso do Sul.
Em cima dos pouco mais de quatro milhões (4,2) de hectares de soja cultivados nesta safra em Mato Grosso do Sul, a estimativa de produção é de 54 sacas por ha, com os dois fatores acima citados trazendo perdas de cerca de 40% nas receitas, além de um possível endividamento do setor.
Mais recente houve informativo do Ministério da Fazenda que ressaltou a queda no preço da soja, do milho, da carne e do leite em algumas regiões, além dos insumos caros.
Assim como a Pasta, em nota, apontou para os comportamentos climáticos que prejudicam as lavouras principalmente de soja e milho, focando os reflexos negativos em polos além do Centro-Oeste, como a região Sul e também o Estado de São Paulo.
Compensando o prejuízo
Ainda na sexta-feira (29), o Correio do Estado evidenciou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou que produtores – inclusive de Mato Grosso do Sul – renegociem dívidas do crédito rural para investimentos.
Beneficiando produtores de outros 15 Estados, as atividades beneficiadas em Mato Grosso do Sul são: Soja,
Milho e Bovinocultura de leite e de carne
Segundo o Conselho, pedidos tem prazo total de dois meses e devem ser feitos até 31 de maio.
Também, o Governo do Estado aponta que instituições financeiras podem renegociar, segundo critérios próprios, até 100% do valor principal das parcelas com vencimento entre 2 de janeiro e 30 de dezembro deste ano.
Além disso, as linhas de crédito – necessariamente – precisam ter contrato firmado até 30 de dezembro de 2023, sendo que o tomador deve estar em dia com as parcelas até a data.
Importante frisar que, os financiamentos precisam do amparo dos programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), bem como de linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.
Fonte: Acrissul