PMA passa a ter dois batalhões no estado; apreensões de pescados ilegais já superam Piracema anterior

Em meio a Piracema, período do ano em que a pesca se torna ilegal no Mato Grosso do Sul, a Polícia Militar Ambiental (PMA) inaugurou um segundo batalhão no estado, visando ampliar a proteção ao meio ambiente. O estado, que possuía um único batalhão, passa a ter dois, localizados nas bacias do Rio Paraná e do Rio Paraguai.

A instauração do segundo batalhão se deu a partir da criação de um grande Comando da Polícia Militar. O Subcomandante do 1º Batalhão da PMA, Major Diego, declarou em entrevista ao jornal da Hora desta quinta-feira (04), que a criação do novo batalhão melhorará o trabalho de proteção ao meio ambiente.

“Hoje graças ao aval do nosso governador foi criado um grande comando e dois batalhões, um atuando na bacia do rio Paraguai e um atuando na bacia do rio Paraná. Então nós podemos oferecer um melhor trabalho de proteção ao nosso meio ambiente”, destacou.

Mesmo longe do período de encerramento da Piracema, os dois batalhões juntos já atingiram um novo recorde de apreensões e alcançaram resultados significativos. Entre os dias 05 de novembro e primeiro de janeiro, já foram apreendidos 902 quilos de peixes, o que representa um aumento de 18x em comparação com o período anterior, além de três embarcações, oito redes para pesca e R$134.356,30 em multas. Ao todo, 30 pessoas foram autuadas. 

O pescador ilegal que atua no período de proteção dos peixes não costuma ter licança para pesca profissonal, nem estar presente no cadastro de pescadores amadores. Conforme o Major, se autuado, o criminoso pode ser detido pela polícia ambiental. 

“Dependendo da ocorrência, ele (o pescador) pode sim ser preso, aí ele fica sujeito ao pagamento de fiança ou fica até preso sob custódia da justiça dependendo, porque a gente tem agravantes no crime da pesca” concluiu.

Durante o período, apenas a pesca de subsistência para os ribeirinhos é permitida, mas com o limite de três quilos de pescado por dia. Caso não seja o suficiente, a PMA realiza trabalhos sociais para garantir a sobrevivência da comunidade. 

A pesca volta a ser liberada no dia 1º de março.

Foto: Beatriz Rieger
Texto por Reuel Oliveira

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