Polícia Militar Ambiental investiga causas dos incêndios no Pantanal; catástrofe pode ter sido causada por pessoas

Texto por Reuel Oliveira

Foto: Bruno Rezende

No início desta semana o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência em cidades afetadas pelos incêndios no Pantanal. O Bioma enfrenta uma série de queimadas durante o período de estiagem. 

São 1.759 focos de calor e mais de 107 mil hectares queimados nos últimos 60 dias, segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Apesar da seca, a causa dos incêndios está sendo debatida. 

A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede Sustentabilidade), declarou na última semana que os incêndios são de origem criminosa. O presidente do Instituto Homem Pantaneiro, Coronel Ângelo Rabelo, destacou à Rádio Hora a provável ação do homem no início das queimadas. 

Major Diego em entrevista à Rádio Hora. Foto: Arquivo

Em entrevista ao Jornal da Hora desta quarta-feira (26), o Subcomandante do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Major Diego da Silva Ferreira Rosa, falou dos incêndios. Conforme ele, há uma parceria entre a PMA e o Ministério Público para a realização das investigações. 

“Existe uma parceria há tempos com o Ministério Público. Eles conseguem com o apoio de imagem de satélites, regredir  toda a ação do fogo chegando até o seu ponto de ignição. Com base nesses relatórios a equipe da PMA vai a campo e tenta encontrar indícios que levem a possível autoria desses incêndios“

O Major destacou que o MP encaminhou à PMA seis relatórios que estão sendo verificados.

“Estando em posse deles [relatórios] fizemos o planejamento para nós tentarmos dentro de uma maior eficiência cobrir a maior parte da área, verificar se há áreas próximas com pontos de ignição e nós estamos aguardando essas equipes retornarem de campo para dar prosseguimento a, e for necessário, autuações administrativas ou até mesmo imputações penais para os possíveis responsáveis”, disse. 

O decreto de emergência terá duração de 180 dias e permite a mobilização de órgãos estaduais na atuação de ações de combate e prevenção aos incêndios. Em casos extremos, os agentes têm permissão de entrar em residências para prestar socorro, determinar evacuação e usar propriedade particular.

Assista a entrevista na integra