Prefeitura emite alerta contra a Dengue e define estratégias e ações conjuntas de contenção e combate

O prefeito Marquinhos Trad concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (25) para anunciar medidas de contenção e ações conjuntas de combate ao mosquito Aedes aegypti. As ações ocorrem frente ao aumento expressivo dos casos notificações de dengue em Campo Grande, o que motivou, inclusive, a consulta ao Ministério da Saúde, para avaliar a possibilidade de ser decretada situação de emergência por conta do avanço da doença.

Uma das medidas determinadas pelo prefeito Marquinhos Trad diante do risco iminente de epidemia será o reforço no trabalho preventivo e, se necessário, de profissionais nas unidades que estiveram com uma demanda muito grande a fim dar mais celeridade no atendimento corroborando com os protocolos clínicos e fluxogramas pré-definidos, o que está previsto dentro do Plano de Contingência elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).

“Nós estamos em alerta, tomando todas as medidas preventivas necessárias. Ainda não podemos dizer que estamos em epidemia, mas diante desse aumento nós precisamos nos preparar. Por isso determinamos que seja disponibilizado um reforço de profissionais, em especial médicos, que irão atuar dentro dos critérios técnicos de identificação da doença de maneira a dar mais celeridade e garantir atendimento aos pacientes que procuram estas unidades de saúde”, disse.

O secretário de Saúde, Marcelo Vilela, anunciou o aumento nas equipes de borrifação a ultra baixo volume – UBV – popularmente conhecido como fumacê, passando de três para nove, que irão atuar diariamente nas sete regiões de Campo Grande, também aos fins de semana.

“Estamos reforçando esse trabalho para conseguir abranger um número maior de bairros e isso deve ajudar no combate ao mosquito. Lembrando sempre que esse é um trabalho complementar e a colaboração de todos é extremamente importante”, reforçando a fala do prefeito sobre a necessidade do apoio da população.

Outra medida será a intensificação das ações de rotina, que consistem nas visitações e vistoriais em imóveis e terrenos baldios feitas pelos agentes comunitários de saúde e de endemias, com apoio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (SISEP), na remoção de materiais inservíveis de grande volume.

O titular da SISEP, Rudi Fioresi, reforça que a partir de amanhã será estabelecido um cronograma juntamente com a equipe técnica da SESAU para estabelecer as prioridades e ações nos bairros onde há maior incidência de focos, tendo como referência o Levantamento Rápido de Infestação Predial (LiRaa).

“Estamos definindo um plano de ação juntamente com a SESAU e ainda esta semana vamos auxiliar neste trabalho, fazendo uma soma de esforços”, disse. Conforme Fioresi, a secretaria dispõe de 14 tratores e pás-carregadeiras que poderão ser empregadas nestas ações.

Imóveis fechados e terrenos

Desde janeiro desde ano, a Prefeitura está aguardando a expedição de um alvara por parte do Poder Judiciário para que os agentes de saúde possam entrar em imóveis fechados com o auxílio de chaveiros.

Segundo o procurador-geral do município, Alexandre Ávalo, já houve um parecer favorável por parte do Ministério Público, porém o processo ainda está parado, aguardando os trâmites legais.

A medida deve auxiliar no trabalho de enfrentamento ao mosquito por parte dos agentes, uma vez que esses locais concentram uma quantidade muito grande de focos.

O secretário de Meio-Ambiente, Eduardo Costa, destacou o aumento na fiscalização e vistoria de terrenos balidos realizadas nos dois últimos anos e prometeu reforçar  as ações em conjunto com o departamento de Vigilância em Saúde da SESAU.

Conscientização

A secretária de Educação, Elza Fernandes Ortelhado, disse que as ações de educação para chamar a atenção sobre os cuidados e prevenção à proliferação do mosquito serão reforçadas em todas as unidades educacionais do Município, bem como o trabalho efetivo, assim como nas unidades de Assistência Social, como garantiu o secretário José Mário Antunes da Silva.

Casos registrados nos últimos anos

As epidemias de dengue seguem um padrão de ocorrência a cada 3 anos. Em amostras isoladas da doença, todas delas indicam a presença do sorotipo 2 (DENV-2), seguindo a incidência nacional.

Limiar Endêmico

Com o Limiar Endêmico é possível visualizar a tendência de aumento dos casos acima do esperado.

Rede de assistência

As 68 unidades básicas e de saúde da família estão aptas a fazer o atendimento a pacientes com suspeita de dengue.

O Centro de Doenças Infectocontagiosas (CEDIP)  funcionará 24 horas por dia com 14 leitos de retaguarda para atendimento de casos de dengue hemorrágica entre outras complicações.

As seis UPAs e quatro CRSs possuem 234 leitos, divididos em leitos masculino, feminino, pediátrico, emergência, sala de hidratação e quarto individual. Somente na emergência são 32 leitos de observação.

*Com informações da Prefeitura