Entrou em vigor este ano a proposta do NEM (Novo Ensino Médio) nas escolas do Brasil que consiste no aumento da quantidade mínima de horas, flexibilização da grade curricular e a oferta de itinerários de formação com foco nas áreas de conhecimento.
Essas mudanças têm atraído protestos e manifestações de profissionais da educação, pais e alunos que estão insatisfeitos com a alteração na Base Comum curricular, já que serão mantidas aulas de português e matemática, mas outras disciplinas tradicionais serão substituídas por aulas focadas na formação técnica e no mercado profissional.
Em entrevista ao Jornal da Hora desta quinta-feira (13), o coordenador da Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, professor Regerson Santos defende o Novo Ensino Médio e explicou que o estado de Mato Grosso do Sul está pronto para terminar a implementação da Lei, já que é o pioneiro na utilização do Novo Ensino Médio.
Para o professor, a proposta coloca o aluno como protagonista da educação. Com um foco total na aprendizagem, aulas em várias áreas de ensino, formação do aluno como profissional e cidadão fazem parte do processo para que o objetivo seja alcançado.
“Ao colocar o estudante para fazer as coisas, ele participa do processo de planejamento e principalmente do processo de execução. Ele deixa de ser aquele aluno que fica sentado só escutando, reproduzindo, fazendo e decorando para colocar a mão na massa. Então ele vai fazer, usar os laboratórios da escola, fazer pesquisa e fazer ciência dessa forma”, explica o coordenador.
Ele defende o Novo Ensino Médio, mas ressalta que é necessário reajustes no projeto e em sua maneira de implementação que deverá variar de acordo com a situação de cada estado do país, assim como um maior apoio do MEC.
“Há ajustes, não precisa reaver tudo novamente, porque se o velho ensino médio tivesse sido bom, nós estaríamos nos índices excelentes, e não é o que mostrou, né? A gente estava numa estagnação, numa decadência muito grande quando se trata de provas, quando se trata na escola como um todo.”
Ao ser abordado sobre a desigualdade dentro da educação, o professor ressalta que os principais focos da desigualdade são as sociais e econômicas, e que a mudança passa diretamente pelo maior número de vagas em instituições de graduação para atender a crescente busca.
Assista a entrevista na íntegra
Texto por: Reuel Oliveira