Pessoas que comprovem morar no Mato Grosso do Sul por 10 anos de forma ininterrupta podem ter reservadas 20% das vagas oferecidas para graduação na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) se um projeto de lei protocolado na quinta-feira (28) for aprovada pela Assembleia Legislativa.
De acordo com o texto do projeto, os beneficiados devem comprovar a estadia no Estado pelo período mínimo com apresentação de documentos como histórico escolar, contas de água, luz e telefone, contrato de aluguel, entre outros.
Já na justificativa da proposta consta que ela foi feita “objetivando a garantia de que um maior número de profissionais formados pela UEMS permaneçam em nosso Estado e exerçam aqui as suas atividades, beneficiando, assim a população sul-mato-grossense nas mais diversas áreas”, explica o texto.
Atualmente, a UEMS conta com 8,5 mil alunos de 160 cursos de graduação, mestrado, doutorado e especialização. O autor do projeto, deputado Paulo Corrêa (PSDB), afirma ainda que muitos dos formados no local migram para o Estado com o único objetivo de conquistar seus diplomas e depois retornam para seus estados.
“Ocorre evidente prejuízo ao Estado de Mato Grosso do Sul e, consequentemente, ao povo sul-mato-grossense, tendo em vista que os investimentos realizados pelo nosso Estado para a formação de bons profissionais nas mais diversas áreas não estão sendo aproveitados pela nossa população, mas por moradores de outras regiões”, finaliza.
A UEMS possui 15 campi nas cidades de Dourados, sede da universidade, Campo Grande, Aquidauana, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Amambai, Ponta Porã, Paranaíba, Mundo Novo, Maracaju, Cassilândia, Ivinhema, Jardim e Glória de Dourados.