Projeto tem como objetivo ajudar crianças e jovens que estão no ensino fundamental com problemas na alfabetização

MS Alfabetiza irá dar apoio pedagógico para todas as escolas municipais de Mato Grosso do Sul

Na manhã desta terça-feira (14), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) entregou aos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) um pacote com quatro projetos, entre eles o MS Alfabetiza.

O projeto visa dar condições de apoio pedagógico às escolas da rede municipal de todos os municípios de Mato Grosso do Sul.

Azambuja afirmou que muitos alunos que chegam no ensino médio ainda têm problemas em relação à alfabetização. “Queremos fortalecer o aprendizado dos nossos jovens das redes municipais. Além disso, vamos dar apoio pedagógico, com o treinamento das equipes, como os professores”, afirmou. 

De acordo com o projeto, serão premiadas as 30 escolas que tiverem os melhores índices de alfabetização e as 30 piores também terão incentivos para poder melhorar o nível de aprendizagem.

“A alfabetização é a base de tudo, se você não tiver um aluno bem alfabetizado, quando ele chegar no ensino médio vai ter extremas dificuldades para chegar ao nível superior”, relatou o governo durante entrega do documento.

O Governo do Estado irá contar com apoio do Instituto Ayrton Senna, Fundação Lemann, Instituto Sonho Bom, além de outros institutos que trabalham com a educação no Brasil. 

“Tendo aprovação imediata aqui na Assembleia, a gente vai distribuir os materiais e fazer os treinamentos das equipes nos municípios”, finalizou Azambuja.

Durante a pandemia, o ensino ficou ainda mais comprometido, com as aulas sendo realizadas de maneira remota, ou seja, o aluno estudando por meio da internet.

Atualmente, Mato Grosso do Sul está realizando as aulas de maneira híbrida, dependendo de como está a bandeira do Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir), é permitido uma porcentagem dos alunos na sala de aula. 

Aqueles que ficam em casa permanecem com o conteúdo sendo disponibilizado de maneira digital.

A doutora em Educação Ângela Maria Costa acredita ser impossível continuar com o ensino remoto em um País que não investiu em internet e linhas para sustentar esse ensino. 

“Os alunos de escola pública não têm condições de ficar aprendendo com o celular da mãe. O remoto, esquece. A modalidade escalonada, por enquanto, é o que vai valer. O professor tem que dar uma excelente aula e acompanhar o aluno nas tarefas que ele vai fazer na próxima semana, mas não é deixando por conta dele”, pontuou.

O projeto será discutido nas próximas seções na Alems pelos deputados.

  • fonte: Correio do Estado