Quarto mais votado, Chico Veterinário diz que nova lei eleitoral pune candidato bom de voto

Por: Beatriz Rieger

Nesta terça-feira (05), o Jornal Hora recebeu o ex-vereador Chico Veterinário (PSB), que, apesar de ser o quarto mais votado entre os 29 eleitos obtendo  4.223 votos, ficou de fora da Câmara Municipal por causa do quociente eleitoral. “Vi a terra prometida mas não consegui atravessar o elo que ligava”, comentou o médico veterinário.

O ex-vereador, que tem como principal bandeira a causa animal, afirma que a nova legislação que regeu as eleições de 2020, veio para beneficiar os partidos e não os candidatos. “Não tem vontade popular, pois votam no candidato, se o partido não tem uma legenda, ele não entra. Então não é feita a vontade popular. Eu acredito que isso tem que mudar”, disparou. 

Além disso, o ex-parlamentar teceu duras críticas à situação de candidatos oportunistas que se filiaram ao partido. “PSB é um bom partido no nível nacional, mas aqui no MS ele infelizmente foi um partido de aluguel nos últimos 10 anos ”. Outra situação comentada foram os problemas e as contas com a justiça que, segundo ele, o partido tem desde 2016. Todo esse cenário causou a desistência de muitos candidatos, sobrando apenas 28 pessoas para concorrerem pelo partido, sendo que o máximo são 44 candidatos. “Colocamos gente até de nossa assessoria para completar o partido. O vereador Carlão mesmo, colocou seis pessoas ligadas a ele, eu coloquei uma pessoa para poder dar o número de candidatos que nos permitissem entrar no pleito eleitoral”.

Mesmo não sendo vereador em 2021, se sente orgulhoso pelo trabalho realizado através do mandato de seu gabinete, que, depois de dois anos de luta, irá tornar Campo Grande a primeira capital a ter todos os animais microchipados, pagos pelo poder público. 

Apesar de tudo, o veterinário não descarta concorrer novamente nas próximas eleições, e vem focando ainda mais na causa animal, com ênfase na melhoria de castramóveis pelas cidades do interior. ”Vice campeão e suplente, para mim, é a mesma coisa. Nós estamos lá como suplente do partido e vamos continuar a luta. Daqui dois anos tem novas eleições e, quem sabe, tentaremos de novo”.

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