MS chora a morte de Dino Rocha

Sanfoneiro autodidata, Dino Rocha, deixou um grande legado para classe de artistas de Mato Grosso do Sul. A cantora Delinha disse durante entrevista ao Jornal da Hora, que Dino Rocha será lembrado eternamente.

A cultura sul-mato-grossense está em luto, o artista Dino Rocha, conhecido como o Rei do Chamamé, morreu na noite deste domingo (17), por complicações do diabetes.

Nascido em Jutí/MS, filho de músicos, sua mãe era alemã e o pai, paraguaio. Profissionalizou-se como sanfoneiro aos oito anos de idade. Em 1971, mudou-se para a cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Aos dezesseis anos de idade apresentou-se com seu primeiro grupo, “Los 5 Nativos”, da cidade de Ponta Porã.

Em 1973, gravou pela primeira vez no LP “Voltei amor”, da dupla Amambai e Amambaí. Ao longo da carreira gravou quinze LPs e cinco CDs. Como compositor fez mais de 50 composições, entre as quais, “Gaivota pantaneira”, parceria com o poeta e compositor Zacarias Mourão. Também gravou declamando poemas caipiras.

Em 1991, recebeu o prêmio “Jacaré de prata” como melhor instrumentista do Brasil. Atuou em três capítulos da novela “Pantanal”, da Rede Manchete ao lado de Almir Sater e Sérgio Reis.

Em 1997, criou seu próprio selo fundando a RR Gravação e Produção ME. Em 2000, foi convidado para participar do projeto “Balaio Brasil”, no SESC de São Paulo apresentando-se ao lado de Dominguinhos, Caçulinha, Sivuca, Hermeto Pascoal e Toninho Ferragut. Em, 2001, com os mesmos músicos participou do projeto “Sanfona brasileira” pelo Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília.

Em 2002, apresentou-se no SESC São Paulo no projeto “Brasil da sanfona”, quando representou a região centro-oeste. Em 2003, comemorou 3 anos de carreira com o lançamento de um Cd onde regravou o sucesso “Gaivota pantaneira’. Seus três últimos discos foram: “Che Rancho Cuê (Meu rancho velho)”, “Pantanal, sanfona e viola” e “No rancho do chamamé”.

 O artista possui considerável conjunto de obras musicais formado por 21 discos que consolidaram sua carreira calcada em quatro décadas de música regional. Seu amadurecimento musical acompanhou a evolução da própria tecnologia no Brasil.

 São 17 discos em vinil e 4 cd’s. Seu primeiro trabalho foi gravado em 1973.

Orgulhoso de tantos anos de estrada, Dino diz que além de seus próprios discos,  já participou, como convidado, de vários trabalhos de outros artistas. Entre os que fizeram parceria com o sanfoneiro estão Almir Sáter, Renato Teixeira, Chiitãozinho e Xororó além dos cantores e compositores Campograndenses, Paulo Simões, Guilherme Rondon, além de trabalhos solo.

O velório será aberto ao público e está marcado para começar às 12h no cemitério Memorial Park, no Bairro Universitário. O sepultamento será amanhã (19), às 9h, no mesmo local.

*Com informações do Chamamé MS