Brasileiros deixam de ter acesso aos valores do auxílio emergencial por causa de fraudes. O jornal Estadão publicou uma reportagem onde o Tribunal de Contas da União (TCU) faz um alerta sobre erros nos pagamentos do coronavoucher. De acordo com o TCU, mais de 8,1 milhões de pessoas estariam recebendo o benefício indevidamente, tendo em vista que não se enquadram nas regras da MP que autoriza o saque. Contrapartida, ainda segundo o órgão, cerca de 2,3 milhões de cidadãos (com direito ao depósito) estariam sendo excluídos do cronograma.
É válido ressaltar que, essa não é a primeira informação sobre erros e fraudes nos cadastros do auxílio. No mês de maio, o TCU pôde constar que mais de 7 milhões de militares foram registrados e receberam os R$ 600 indevidamente.
Para a categoria, o tribunal determinou que fosse realizada uma devolução fiscal, por meio da administração da Advocacia Geral da União. Eles têm até este mês para fazer o repasse, ficando sujeitos a responderem legalmente pela fraude.
Para avaliar tais informações, o TCU deverá analisar, pelo plenário da Corte de Contas, os pagamentos realizados nos últimos dias. Mediante as suspeitas, o tribunal solicitou que o Ministério da Cidadania e a Dataprev publicasse uma portaria com o nome de todos os brasileiros que estão recebendo os valores.
As inscrições deverão ser apresentadas no Portal da Transparência e serão checadas ao longo dos próximos dias.
Posicionamento da Caixa Econômica
Questionada sobre os entraves para certo grupo de cadastrados, a Caixa informou que não é responsável pela aprovação dos pedidos. De acordo com a instituição, sua administração apenas recebe a lista da Dataprev, onde consta as contas bancárias dos segurados. Mas, a avaliação e análise dos dados cabe ao poder público.
Resposta do governo sobre as fraudes no auxílio emergencial
Já o Ministério da Cidadania, afirmou estar ciente dos erros e alegou que estará corrigindo os cadastros que apresentaram incompatibilidades pela legislação. A revisão será feita pela Dataprev e também precisará ser publicada para que o TCU possa avaliar. De acordo com o próprio governo, são mais de 50 milhões de pessoas beneficiadas ao longo das últimas semanas.