Valor considera todas as fontes de renda, incluindo programas sociais e aposentadorias
O rendimento médio dos sul-mato-grossenses cresceu 6,5% e atingiu o recorde de R$ 1.990 por pessoa da família por mês. Este valor considera não só os ganhos do trabalho, mas também outras fontes de renda como programas sociais, aposentadorias, aluguel, etc. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua.
Em 2023, a população residente em Mato Grosso do Sul foi estimada em 2,8 milhões, comparada a 2,5 milhões em 2012. Dentre esses residentes, cerca de 64,3% (1,8 milhão) possuíam algum tipo de rendimento, colocando o estado como o 8º maior no ranking nacional nesse aspecto.
O rendimento médio mensal real domiciliar por pessoa atingiu R$ 1.990 em 2023, marcando o ponto mais alto da série histórica. Entre 2012 e 2019, houve um crescimento de 16%, saindo de R$ 1.633 para R$ 1.894. No entanto, com a chegada da pandemia de covid-19, o rendimento domiciliar per capita sofreu uma queda significativa, diminuindo 5,6% em 2020 e mais 8,3% em 2021, quando chegou a R$ 1.639, o segundo menor valor da série.
Em contrapartida, em 2022, houve um aumento de 12,3%, chegando a R$ 1.868. E em 2023, ocorreu outra expansão, desta vez de 6,5%, alcançando o valor de R$ 1.990, o mais alto da série histórica. Comparado a 2019, que anteriormente detinha o valor máximo da série, houve um aumento de 5,1%, enquanto em relação a 2012, o ano inicial da pesquisa, o crescimento foi de 21,8%.
No ano passado, a massa de rendimento mensal domiciliar por pessoa alcançou o ponto mais alto desde 2012, atingindo R$ 5,6 bilhões. Isso representou um aumento de 7% em relação a 2022 e uma expansão de 9,5% em relação a 2019. No âmbito nacional, a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita totalizou R$ 398,3 bilhões em 2023, marcando um aumento de 12,2% em comparação com 2022. Em relação a 2019, houve uma expansão de 9,1%, partindo de R$ 365,2 bilhões.
A proporção de pessoas com rendimento proveniente de trabalho em Mato Grosso do Sul em 2023 aumentou para 50,4% da população residente, totalizando 1,4 milhão de pessoas, comparado a 47,9% (1,3 milhão) em 2022. Enquanto isso, a parcela da população com rendimento proveniente de outras fontes também cresceu, atingindo 22,3% (631 mil) em 2023, em comparação com 21,3% (595 mil) em 2022.
Essa tendência de aumento na parcela da população com rendimento do trabalho, observada desde 2021 após a queda durante o primeiro ano da pandemia continuou em 2023. Além disso, a proporção da população recebendo rendimento de outras fontes, ao contrário dos anos anteriores, também cresceu, contribuindo para o aumento do percentual da população com algum tipo de rendimento, independentemente de ser proveniente do trabalho ou não, alcançando o maior nível da série histórica da pesquisa.
Em relação a outros estados, Mato Grosso do Sul ocupou a 5ª posição em 2023, com 50,4% de pessoas recebendo rendimento de todos os trabalhos, enquanto Santa Catarina liderou com 53,1% e Goiás ficou em 2º lugar com 52,0%. No outro extremo, o Acre registrou o menor percentual, com 33,8%.
Entre os diferentes tipos de rendimentos, a aposentadoria e pensão representaram a maior parte em Mato Grosso do Sul, com 10,7% da população residente recebendo este tipo de rendimento em 2023, totalizando 301 mil pessoas, seguido por outros rendimentos, com 7,9% (224 mil pessoas).
Destaca-se também o aumento da proporção da população recebendo outros rendimentos em Mato Grosso do Sul, de 7,3% para 7,9% entre 2022 e 2023, mantendo-se em um nível superior ao observado antes da pandemia. O maior percentual de pessoas recebendo outros rendimentos foi observado em 2020 (12,8%), devido à implementação do Auxílio Emergencial para mitigar os efeitos socioeconômicos da pandemia do novo coronavírus naquele ano.
Em 2023, o rendimento habitualmente recebido de todos os trabalhos resultou em uma massa mensal de rendimento de R$ 295,6 bilhões em Mato Grosso do Sul, o maior valor da série histórica da PNAD Contínua, representando um crescimento real de 10,5% em relação a 2022 (R$ 264,6 bilhões) e de 8,1% em relação a 2019 (R$ 271,7 bilhões), até então o ano com o maior valor registrado.
Fonte: Campo Grande News