Moradores da região Sudoeste e do Pantanal do Estado estão vendo o rio Miranda desaparecer. Uma imagem que dá agonia e tristeza para quem vê de perto o que está acontecendo.
O rio está sumindo, bancos de areia aparecendo em meio ao rio e as marcas de enchentes ficam nas paredes das pontes como no caso em Guia Lopes da Laguna, como uma velha lembrança do rio cheio de vida.
O assessoramento do rio é algo sério e que em 2021 ganhou uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa para falar do tema e depois também de prático e oficial nada foi realizado, recentemente um estudo do Instituto Homem Pantaneiro traz a triste realidade que se alastra a cada dia.
“À medida que tem volume de água muito grande, os sedimentos têm dispersão maior. À medida que é menor o volume, automaticamente, acaba tendo essa suspensão das partículas e turvando mais a água. Logicamente, há outro fatores adicionais: movimentação de embarcação e alguns pontos de processos erosivos, que acabam provocando essa turbidez da água”, afirma o o diretor do IHP, Ângelo Rabelo, sobre a difrença na coloração do rio.
Formado pelo Rio Roncador e Córrego Fundo, em Jardim, o Miranda percorre 490 quilômetros até a foz no Rio Paraguai, já no município de Corumbá. Nesta viagem, passa por Bonito. De lá, veio outra imagem, divulgada em 22 de março pelo Instituto SOS Pantanal, que ajuda a dimensionar a gravidade da seca em 2024. Pescadores e ribeirinhos conseguiam caminhar no que um dia foi as profundezas do Miranda, que tinha aproximadamente 10 metros.
O rio abastece os municípios de Jardim e Miranda, que somam quase 49,5 mil habitantes.
Recentemente a Sanesul afirmou que o abastecimento não corre risco mas a realidade é que em breve poderá ser realidade.
Por: Juliana Brum