A executiva nacional do União Brasil quer candidaturas do partido na majoritária em todas as capitais brasileiras
Dois anos depois de enfrentar as urnas para concorrer ao cargo de governadora de Mato Grosso do Sul, a superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto, vai anunciar, nos próximos dias, que aceitou o pedido do União Brasil para ser a pré-candidata do partido à Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais deste ano.
Segundo fontes próximas de Rose Modesto ouvidas pelo Correio do Estado, a executiva nacional do União Brasil não abre mão de a legenda ter candidaturas majoritárias em todas as capitais brasileiras, como forma de fortalecer os quadros do partido nas câmaras municipais.
Além disso, conforme as pesquisas de intenções de votos qualitativas e quantitativas encomendadas pelo União Brasil, o nome de Rose aparece como um dos favoritos para vencer as eleições do dia 6 de outubro ou, na pior das hipóteses, chegar ao segundo turno do pleito.
Outro ponto positivo apontado pela executiva nacional é a possibilidade de uma aliança com o PT, fato que conta com o apoio de dois importantes caciques do partido, os deputados Vander Loubet e Zeca do PT, que estão até enfrentando resistência dentro da legenda por ir contra a candidatura própria, tendo como escolhida a deputada federal Camila Jara.
Na avaliação dos interlocutores próximos a Rose Modesto, diferentemente da eleição para prefeita em 2016, quando foi derrotada pelo ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), no pleito deste ano, a ex-deputada federal está mais experiente e melhor preparada para o desafio.
Perder as eleições em 2016 para prefeita e depois em 2022 para governadora, conforme eles, fez com que Rose Modesto adquirisse mais “casca”, sem falar que o tempo em que está à frente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) lhe deram a força para articular melhor por diversos partidos, da direita, da esquerda e até do centro.
Dessa forma, a chance de o União Brasil formar uma frente ampla de oposição à gestão da atual prefeita Adriane Lopes (PP) é muito mais plausível do que se possa imaginar. Além do PT, outras siglas podem se juntar ao projeto de Rose, como o MDB, por exemplo, caso o ex-governador André Puccinelli não saia mesmo candidato.
Outro fator favorável à pré-candidatura de Rose Modesto é o fraco desempenho dos pré-candidatos das legendas consideradas mais fortes politicamente no momento, que são o PP, da atual prefeita, e o PSDB, do deputado federal Beto Pereira. Para seus interlocutores, a ex-deputada federal teria confidenciado que, levando em conta o atual cenário, não tem como ela não sair candidata.
Além disso, Rose Modesto teria obtido a garantia da executiva nacional do União Brasil que, caso seu projeto de ser prefeita de Campo Grande não seja vitorioso, o cargo na chefia da Sudeco será mantido. Ou seja, na pior das hipóteses, a ex-vice-governadora terá o atual emprego de volta.
Foto: Arquivo Correio do Estado
Fonte: Correio do Estado