Veio a óbito nesta segunda-feira (18) um homem de 71 anos, vítima de leishmaniose, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. Esta é a terceira morte e a cidade já acumula 7 casos confirmados da doença.
O idoso, que não teve a identidade revelada, estava em tratamento por conta da doença no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora desde o último dia 8, quando foi diagnosticado com leishmaniose, segundo apurou o site Rádio Caçula.
A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) de Três Lagoas, informou que o paciente durante o tratamento apresentou quadro grave de neoplasia e diabetes e acabou não resistindo.
Essa é a terceira morte pela doença em 2019, no município. Sendo os outros dois, uma criança de um ano de idade, que veio a óbito no dia 10 de março e uma mulher de 76 anos, que faleceu no dia 14 de setembro.
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença ainda sem cura e transmitida pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.
O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e de animais doentes, principalmente cães, e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.
Entre os principais sintomas da leishmaniose visceral, considerada mais grave, estão alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.
Para combater os focos do mosquito, é fundamental manter terrenos limpos de resíduos orgânicos, como folhas, frutas e lixo comum – diferentemente do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikuyngunia, o mosquito-palha não precisa de água parada para se reproduzir.