Choj* é um cristão gentil e de fala mansa que vive em uma tribo vietnamita chamada hmong. Seu encontro com a Portas Abertas aconteceu em uma pequena igreja de uma cidade grande do país, afinal é muito perigoso encontrar Choj nas montanhas, onde ele realmente mora. O Vietnã ocupa a 20ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, e a opressão comunista é o principal tipo de perseguição que aflige os cristãos.
Culturalmente, os hmong adoram seus ancestrais – mas Choj não. E renunciar à religião da maioria tem um custo enorme: Choj perdeu tudo o que possuía e quase todos que ele amava. Choj tem cerca de 20 anos de idade. Ele é um agricultor, casado e tem uma filha de dois anos. Quando se casou, sua esposa morava em uma aldeia formada, majoritariamente, por cristãos. E, embora a esposa tenha sido criada como cristã, foi a filha quem levou Choj a Cristo. Ou, mais especificamente, a doença de sua filha.
“Eu não sei como a doença dela é chamada”, explica ele. “Mas ela apresentou febre alta e teve uma dor de cabeça severa. Ficou pior. Ela adormeceu e não acordou por três dias. Eu estava muito nervoso e preocupado”, relatou Choj aos colaboradores da Portas Abertas.
Choj estava acostumado a sacrificar porcos e galinhas aos deuses, como era costume em sua aldeia. Mas nunca sentiu que os deuses estavam, de fato, ao seu lado. Desesperado para encontrar a cura para sua filha, Choj foi ao xamã local.
“Ao procurar o xamã, ele me disse que eu precisava sacrificar uma cabra grande e um cachorro vermelho. Eu tinha cabras, mas onde eu ia conseguir encontrar um cachorro vermelho? Eu estava muito estressado e tive um pesadelo. No sonho, vi uma mosca que plantou um ovo no meu casaco. O ovo se transformou em uma larva. Isso é um sinal de má sorte”, declarou Choj.
“Isso deve ser Deus”
A esposa de Choj sugeriu, então, que eles fossem à igreja. Ele nunca se importou muito com a fé dela. “Eu não sabia nada sobre a igreja.” Choj e sua esposa foram com a filha. “Minha filha ainda estava inconsciente. Quando o pastor orou por ela, nada aconteceu, exceto que ela abriu os olhos por um tempo. Eu não experimentei algo extraordinário naquela noite e, certamente, não estava planejando abandonar meu culto aos ancestrais”.
“Dois dias depois, nós a trouxemos novamente para a oração. Desta vez, ela recuperou a consciência completamente. Eu pensei: Isso deve ser Deus. Então, decidi seguir a Cristo. Foi quando a perseguição começou.” (Essa história continua.)
Fonte: Portas Abertas
*Nome alterado por segurança.