Por: João Victor Faedo
Certa vez, disse um sábio homem de Deus: Tens aquilo que toleras.
Ao pensarmos sobre o assunto percebemos a profundidade nessa lição e como essa verdade pode nos salvar e livrar de grandes problemas. Vejamos alguns exemplos do cotidiano; ao tolerarmos o sobrepeso, ficamos acomodados e aceitamos com tranquilidade e passividade cada quilo a mais que vamos acumulando até que “de repente” nos deparamos com um corpo enorme e pesado. Ao aceitar pequenos desvios de comportamento do nosso filho, como uma mentirinha ou uma resposta mal criada, somos surpreendidos “de repente” com um adulto com sérios problemas de caráter. Assim também acontece na vida financeira, pequenos erros tolerados se tornam “de repente” um monstro terrível.
Ao toleramos um pequeno gasto excessivo podemos ser surpreendidos pelo “de repente” das dividas. Um parcelamento inofensivo pode se tornar uma bola de neve. Uma simples fugidinha da rotina sem um mínimo de planejamento pode resultar em meses de dores de cabeça. Ou um simples click no app de entrega de comida, pode acumular uma sobrecarga financeira desnecessária. Os motivos podem ser variados e as justificativas podem ser coerentes: “Afinal eu trabalho tanto, mereço um refresco.”; “São apenas Cem Reais de parcela, o que é Cem Reais?”; “Mas todo mundo vai, só agente vai ficar de fora?”; e por ai vai…
O fato é que não importa qual seja motivo que originou as dividas, elas sempre serão uma pedra no sapato que tirarão a nossa liberdade. Por isso é importante estar atento e vigilante ao seu dia a dia financeiro. Porque os grande monstros não nasceram assustadores, foram crescendo de pouco em pouco até que “de repente” se tornaram horripilantes.
Vejamos três passos simples que podem ser dados para não perder sua liberdade ou tomar um grande susto “de repente”: primeiro, mantenha sempre atualizado seus gastos, muitas vezes ao recorrer a memoria, imaginamos um valor bem abaixo do que realmente foi gasto. Segundo, domine a si mesmo: ter desejos é bom e muitas vezes nos impulsiona a crescer, no entanto nem sempre os desejos podem ser atendidos na hora que surgem, é preciso esperar ou adaptar. E terceiro, seja intolerante com as dividas, não se acostume a dever e esqueça a possibilidade de parcelar. A familiaridade com as dividas nos fazem aceitar viver com uma bola de ferro presa à perna, aparentemente somos livres mas na pratica não conseguimos andar. E por tanto não conseguiremos crescer.
Deus nos criou para um proposito e colocou dentro de nós uma semente chamada liberdade. Precisamos buscar Dele a sabedoria para gastarmos e investirmos a nossa vida, nosso tempo e o nosso dinheiro com aquilo que valerá a pena, não apenas hoje, mas em toda a eternidade. E nessa jornada as dívidas serão nossas adversarias. Seja intolerante com elas!
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