O estado de Mato Grosso do Sul tem registrado um aumento significativo no número de casos de Covid-19. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), na 52º semana da pandemia, foram contabilizados 7.769 novos casos da doença em todo o estado. O Jornal da Hora desta terça-feira (29) entrevistou o médico infectologista, Jamal Suleiman, que atualmente trabalha no Hospital Emílio Ribas, um dos dos principais centros de saúde pública do país, localizado no estado de São Paulo.
Segundo o infectologista, esse processo da pandemia é desgastante, principalmente pelos ruídos da comunicação, onde houve a desconstrução da informação, gerada a partir dos representantes da população. Ele alega que faltou articulação do Governo Federal, através do Ministério da Saúde, para organizar esse sistema na busca da conscientização da população.
“Organizar o sistema não é exclusivamente distribuir dinheiro, isso daí é uma parte desse processo. O papel do ministério da saúde é articular, organizar as cidades, os estados, e as pessoas. No entanto, a gente não teve e não está tendo até esse momento esse papel do ministério” destacou.
Sobre a obrigatoriedade da vacina, pauta que está em debate constantemente, Suleiman explica que não há problema em não ser obrigatória, mas que é importante ressaltar a população que este será um ato civilizatório, no sentido de proteger a si e ao próximo. “Sem vacina, não é possível quebrar a cadeia de transmissão, e com isso a gente vai conviver por muito tempo com o coronavírus, então se não imunizar as pessoas e atingir um patamar de segurança para isso, sempre vai ter aquelas pessoas que consideram que a imunização não faz parte do universo delas, e essas pessoas vão ser um risco permanente para a comunidade. Isso precisa ficar muito claro para todo mundo”.
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