Com 17% de umidade neste domingo, Campo Grande tem dia seco e com temperaturas elevadas que devem permanecer no decorrer da semana
Uma grande massa de ar quente e seco vai predominar sobre o Mato Grosso do Sul ao longo desta semana. As temperaturas vão continuar a subir nos próximos dias no Estado e diversas cidades vão registrar calor intenso.
As máximas podem chegar a 40°C, com sensação térmica superior a essa temperatura, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“Mato Grosso do Sul terá uma semana quente e seca, com risco elevado de focos de incêndio. Algumas cidades deverão bater os 40 graus e quanto mais alta a temperatura, menor a umidade. Além do calor intenso, teremos umidade relativa do ar com índices alarmantes em todo Estado, apontou o meteorologista do Inmet, Olívio Bahia.
Para o início da semana, nesta segunda-feira (16), Campo Grande terá temperaturas elevadas, especialmente no período da tarde, dados do Inmet apontam que a máxima deve ficar na casa dos 35ºC. As condições permanecem as mesmas na terça-feira (16), com sol e sem previsão de chuva. A mínima prevista é de 21°C e máxima de 36°C.
Conforme o Inmet, Corumbá deve atingir a maior temperatura nesta semana com máxima de 40ºC na terça-feira (17).
Na região sul do Estado, Ponta Porã deve registrar máxima de 34ºC e em Dourados a máxima prevista é de 35ºC. Em Três Lagoas, os termômetros podem chegar aos 36ºC.
A umidade relativa do ar vai atingir índices críticos, abaixo de 20% no Estado, considerado estado de atenção pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mato Grosso do Sul não tem previsão de chuva para os próximos quinze dias, com isso o tempo seco e a escassez de chuvas acende o alerta para o surgimento de doenças respiratórias.
“Para os próximos 15 dias não tem nenhuma condição de chuva para o Estado, tá muito quente e deve piorar nos próximos dias. Quando não chove a população sente ainda mais o clima seco, independente do nível da umidade”, alertou Bahia.
CUIDADOS
Neste domingo (15), a umidade relativa do ar chegou a 17%, segundo o Inmet. O órgão informou que a tendência é de que na próxima semana a situação se mantenha.
Ao Correio do Estado, o médico otorrinolaringologista e professor do curso de Medicina da Uniderp Alexandre Cury, explicou que há um aumento significativo de casos de doenças respiratórias em razão da redução da umidade relativa do ar. Segundo ele, os cuidados respiratórios devem ser redobrados em tempos de pandemia.
“Vamos sofrer como o tempo mais seco nos próximos dias, com isso a população deve estar atenta a alguns cuidados para passar bem o inverno, como lavar bem o nariz com soro fisiológico, manter o ambiente arejado, utilizar umidificador ou toalha molhada na hora hora de dormir. No inverno não abrimos muito as janelas e a circulação do ar fica prejudicada, o que não é o indicado, ainda mais com a pandemia”, apontou.
Cury destaca que os problemas respiratórios atingem normalmente as crianças e os idosos.
“Como temos a amplitude térmica, crianças e idosos acabam sendo os mais suscetíveis a doenças respiratórias, a gente sempre vai ter um grupo que vai sentir mais do que o outro e eles acabam sofrendo um pouco mais”, pontua.
Segundo orientações do Ministério da Saúde, durante calor e tempo seco o cidadão deve:
- Beber dois litros de água por dia
- Evitar atividades físicas das 9h às 17h
- Umidificar o ambiente com toalha molhada ou balde de água
- Evitar exposição solar
- Hidratar a pele
- Evitar ambientes fechados
- Evitar uso de fogo
- Usar roupas claras
- Manter ventilação dentro de casa
- fonte: Correio do Estado